metropoles.com

Lewandowski: 2ª turma apontava vícios na coleta de provas da Lava Jato

O ministro aposentado do STF Ricardo Lewandowski saiu em defesa da decisão de Dias Toffoli, que anulou as provas da Lava Jato

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Daniel Ferreira/Metrópoles
Ricardo Lewandowski
1 de 1 Ricardo Lewandowski - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski comentou, nesta quarta-feira (6/9), a decisão de Dias Toffoli que determinou a anulação das provas de delações da empreiteira Odebrecht no caso e considerou a prisão de Lula um “erro histórico”. Segundo Lewandowski, que foi relator do caso à época, já havia sido identificado “vícios na coleta de provas” da operação.

“Eu atuei em grande parte desse processo [da Lava Jato] que agora está na relatoria do ministro Dias Toffoli. Realmente, com relação às provas colocadas no âmbito do processo da Odebrecht, já naquela época, e a própria Segunda Turma que se debruçou sobre o assunto, identificamos alguns vícios na coleta de provas, sobretudo no referido à cadeia de custódia”, disse.

O ex-ministro também afirma que a decisão proferida nesta quarta foi uma “confirmação” do que já tinha sido apontado pela segunda turma da Suprema Corte.

“O ministro Toffoli, agora, simplesmente confirma aquela visão e não só o relator à época, que era eu, mas também que a própria segunda turma tiveram sobre as falhas na coleta dessas provas”. 

Anulação de provas

Documento obtido pelo Metrópoles diz que a determinação ocorreu por um um pedido da defesa do presidente Lula. Além disso, aponta que a Polícia Federal (PF) compartilhe as mensagens hackeadas da Operação Spoofing em até 10 dias.

Com a decisão, a 13ª Vara Federal de Curitiba e o Ministério Público Federal do Paraná têm 10 dias para compartilhar todo o conteúdo relacionado ao Acordo de Leniência da Odebrecht com a defesa de Lula. Caso não o façam, a pena é de cometimento do crime de desobediência, previsto no artigo 330 do Código Penal.

O acordo anulado por Toffoli havia feito a empreiteira pagar ao Ministério Público Federal (MPF), o Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América (EUA) e procuradoria-geral da Suíça o valor de R$ 3,8 bilhões.

O ministro ainda disse, na decisão, que a prisão de Lula é considerada um “erro histórico” do Judiciário. Pontuou também que “determinados agentes públicos” que visavam “a conquista do Estado” agiram por meio de desvio de função e conluio para atingir instituições, autoridades e empresas específicas do país.

“Pela gravidade das situações estarrecedoras postas nestes autos, somadas a outras tantas decisões exaradas pelo STF e também tornadas públicas e notórias, já seria possível, simplesmente, concluir que a prisão do reclamante, Luiz Inácio Lula da Silva, até poder-se-ia chamar de um dos maiores erros judiciários da história do país. Mas, na verdade, foi muito pior”, constata.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?