Lewandowski: fuga de detentos de Mossoró “foi a única e será a última”
O ministro da Justiça Ricardo Lewandowski chamou a fuga dos detentos de “relaxamento da vigilância” da penitenciária
atualizado
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Durante declaração em uma audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara, nesta terça-feira (16/4), o ministro da Justiça Ricardo Lewandowski garantiu que a fuga dos detentos do presídio de segurança máxima de Mossoró (RN) “foi a única e será a última do sistema penitenciário federal”.
O ministro afirmou que houve diversas falhas na segurança da penitenciária, o que chamou de “relaxamento da vigilância”.
“Houve a fadiga do material, houve sim relaxamento da vigilância, houve quebra dos protocolos de segurança, as revistas diárias não foram feitas, vários equipamentos falharam, estavam fora de uso, obsoletos, como videocâmeras, luzes. Não havia muralhas em torno do presídio, porque isso é normal, todo presídio é cercado de muralhas”, completou o ministro.
Lewandowski ainda chamou o projeto da penitenciária de Mossoró é “antiquado” e “obsoleto”.
“É uma prisão que tem mais de 20 anos, uma penitenciária antiquíssima em que os padrões de segurança talvez não fossem tão rigorosos como hoje se exigem nas novas penitenciárias”, disse o ministro.
A fuga
A dupla fugiu do estabelecimento prisional em 14 de fevereiro e só foram recapturados em 4 de abril por agentes da Polícia Rodoviária Federal, com apoio da Polícia Federal.
Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento ficaram foragidos por 50 dias e foram encontrados em Marabá, no Pará, a mais de 1,5 mil quilômetros do presídio de Mossoró.