Lewandowski diz que PF está “decepcionada com um dos seus”
Agente da Polícia Federal foi preso em operação suspeito de ter ajudado grupo que pretendia promover um golpe de Estado e matar Lula
atualizado
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse que a Polícia Federal (PF), que é vinculada à sua pasta, está “decepcionada” após identificar que um agente da própria corporação pode ter participado de uma organização criminosa que planejava um golpe de Estado e o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de outras autoridades.
“A Polícia Federal está decepcionada que um dos seus participou dessa tentativa de golpe e abolição violenta do estado democrático de direito e [dessa] organização criminosa”, afirmou o ministro no Salão Negro do Palácio da Justiça, em Brasília, na tarde desta terça-feira (19/11).
Mais cedo, a PF deflagrou uma operação que culminou na prisão de quatro militares e um policial federal. Eles são suspeitos de planejarem um golpe apelidado de “Punhal Golpe Amarelo”, que visava impedir a posse do presidente Lula e matar autoridades. Além de Lula, era previsto o assassinato do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes.
O agente da PF preso é Wladimir Matos Soares. Segundo as investigações, ele atuou como “elemento auxiliar do núcleo vinculado à tentativa de golpe de Estado”.
Wladimir chegou a fazer a segurança de Lula no período da transição, no final de 2022. Ele, segundo as investigações, repassava informações da segurança do então futuro presidente para os militares suspeitos de envolvimento na trama golpista.