Lewandowski acredita que fugitivos de Mossoró ainda estão na região
Mais cedo, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski afirmou que a fuga inédita não afeta a segurança das 5 unidades prisionais federais
atualizado
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou neste domingo (18/2) que a força-tarefa envolvida nas buscas acredita que a dupla de fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, ainda está no perímetro delimitado, um raio de cerca 15 km da unidade de segurança máxima potiguar.
A declaração de Lewandowski foi dada durante entrevista a jornalistas no município de Mossoró, na tarde deste domingo. O ministro está no estado para acompanhar o desenrolar das investigações e da operação de busca dos fugitivos.
“Acreditamos que nesse momento eles ainda se encontrem nesse raio, nesse perímetro que nós definimos. É claro que eles podem estar se escondendo dentro de uma casa”, disse o chefe da pasta de Justiça e Segurança Pública.
Ao ser questionado sobre a participação de algum policial penal federal na ação, o ministro disse que, ainda, não é possível afirmar que houve conivência na fuga Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, da prisão de Mossoró.
“Enquanto as investigações não terminarem nós não podemos afirmar que houve conivência de quem quer que seja, mas todas as hipóteses estão sendo investigadas”, completou Lewandowski.
Em contrapartida, durante giro pela África, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) citou que pode ter ocorrido a “conivência” com algum funcionário que trabalha na Penitenciária Federal de Mossoró.
“Estamos à procura dos presos, esperamos encontrá-los e, obviamente, queremos saber como esses cidadãos cavaram um buraco e ninguém viu. Só faltava contratar uma escavadeira. Eu não quero acusar, mas teoricamente parece que teve a conivência com alguém do sistema lá dentro”, declarou Lula.
Lewandowski pontuou que “não é uma investigação simples”, bem como o processo “exige seriedade” das forças competentes, como a Polícia Militar (PM), Polícia Civil (PC), Polícia Federal (PF) e o próprio Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Além disso, o ministro reforçou que as buscas são complexas, isso porque a zona rural é cortada por diversas rodovias.
Lewandowski vê problema isolado
Mais cedo, Lewandowski afirmou que a fuga inédita não afeta a segurança das cinco unidades prisionais federais e afirmou que a captura é uma “dificuldade momentânea”. Segundo ele, trata-se de um problema localizado.