“Levei duas facadas em Copacabana a 3 segundos da virada”, diz jovem
Kenny Tejeira veio do Acre para o Réveillon e acabou vítima de um arrastão na praia: “Não tive tempo de reação”, afirma
atualizado
Compartilhar notícia
O autônomo Kenny Tejeira, de 23 anos, deixou sua cidade, Rio Branco, no Acre, para passar o Réveillon pela primeira vez no Rio de Janeiro. Chegou às 20h na Praia de Copacabana, junto da namorada, mas nem chegou a assistir ao famoso show de fogos de artifício. “Não foi uma experiência muito boa”, conta.
Isso porque o turista levou duas facadas poucos segundos antes da virada do ano durante um arrastão que vitimou outras três pessoas. “Fui para perto do mar para filmar os fogos. Comecei a ver as pessoas correndo ao meu redor e logo guardei o celular no bolso. Faltando 3 segundos para 2022, um assaltante, acho que menor de idade, parou na minha frente e mandou passar o aparelho“, conta.
“Nem tive tempo de ter uma reação ou entregar nada para ele, que me furou no peito com uma faca de mesa. Virei para correr e foi aí que ele me acertou de novo, desta vez nas costas”, afirma. O rapaz saiu correndo, na confusão perdeu a namorada de vista, tropeçou na areia duas vezes e acabou ajudado no calçadão.
Com a camiseta branca ensopada de sangue, foi atendido em uma ambulância, depois no posto médico e, em seguida, acabou levado a um hospital. “Na hora, nem senti dor. Cheguei a tirar uma foto para mostrar no meu grupo de amigos no WhatsApp. Eles não acreditaram”, diz. “Depois, senti dificuldade para respirar e desconforto até na garganta.”
Após exames, uma vacina antitetânica e prescrições de remédios, Kenny deixou o hospital e passou os dois próximos dias deitado. O corte das costas se mostrou superficial e o do peito não atingiu nenhum órgão vital. Ele deixará a cidade quarta-feira (5/1). “Não vou nem pisar em Copacabana”, adianta.
Kenny postou um vídeo em seu perfil no TikTok, que tem quase 2 milhões de curtidas, relatando o ocorrido. “A gente não espera que vá acontecer conosco”, explica. “Fiquei triste, porque não vi o que tinha para ver.”