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Letalidade da Ômicron deve ser conhecida em 3 semanas, diz Queiroga

Características da nova mutação do coronavírus devem ficar mais evidentes nas próximas semanas, afirma ministro da Saúde

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Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fala com a imprensa antes da coletiva de imprensa sobre o anuncio da medida de cooperação humanitária internacional 1
1 de 1 Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fala com a imprensa antes da coletiva de imprensa sobre o anuncio da medida de cooperação humanitária internacional 1 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nesta sexta-feira (7/1), que  o país deve conhecer o risco de morte causado pela variante Ômicron do coronavírus nas próximas semanas.

“Vamos esperar mais três ou quatro semanas para se ter uma ideia mais definitiva com relação ao potencial de letalidade”, afirmou o cardiologista em conversa com jornalistas na sede do órgão.

De acordo com o ministro, a maior preocupação da pasta neste momento é a Região Norte. O governo estuda ações para aumentar a cobertura vacinal na área, que tem os menores índices de imunização contra a Covid do país.

“Eu tenho dito a vocês que a maior preocupação é a Região Norte, primeiro porque as coberturas vacinais são mais baixas, segundo porque o sistema de saúde é cronicamente mais frágil do que o do estado do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul, aqui mesmo, o Distrito Federal”, pontuou.

Testagem

Além do estado de alerta com a disseminação da variante Ômicron, o ministro afirmou que o governo tem acompanhado o avanço da epidemia de influenza. Queiroga também pontuou que é importante aumentar a capacidade de testagem contra Covid e outras doenças respiratórias com sintomas semelhantes.

“Há a necessidade de fortalecer as ações em relação à influenza H3N2, que tem afetado também as pessoas nessa situação em que estamos vivendo hoje. Distribuir mais testes. Se critica a política de testagem do Brasil, mas o Brasil efetivamente realizou testes, a Fundação Oswaldo Cruz tem distribuído para os estados e municípios, e se for necessário ampliar a oferta desses testes nós podemos fazer sem problemas”, afirmou.

Queiroga pediu que estados e municípios aloquem recursos locais para o enfrentamento à pandemia. Na quinta-feira (6/1), o consórcio Conectar, formado por prefeitas e prefeitos de todo o país, registrou ofício endereçado ao secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, solicitando auxílio para reforçar as redes de saúde em enfrentamento à Covid-19 e também à influenza A.

O grupo pede a implementação de política de testagem adequada, como o envio de exames de antígeno e o “suporte com estruturas fixas e móveis de testagem, na forma de equipamentos ou no financiamento para a contratação de equipes temporárias”. O ofício, assinado pelo prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM-SC), representa mais de 2.100 municípios consorciados.

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento

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Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido

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Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas

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Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo

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O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus

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A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível

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A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano

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De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta

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Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante

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De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa

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Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente

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No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde

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Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas

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A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados

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Apesar de o documento ter sido enviado ao governo federal (veja o ofício abaixo), o ministro Marcelo Queiroga afirmou que ainda não foi notificado oficialmente sobre o pedido das prefeituras.

“Não é só testar por testar, porque os testes têm custos. Cada teste desse custa cerca de U$ 3,50, e os recursos financeiros são finitos. Os municípios pedem apoio ao Ministério da Saúde, eu tenho ouvido pela imprensa. Ainda não vi nenhum documento oficial que tenha chegado ao ministério. Lembrar que o SUS é tripartite e estados e municípios devem alocar parte do seu orçamento para o enfrentamento à pandemia”, concluiu.

Veja o ofício enviado por prefeitos ao Ministério da Saúde:

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