metropoles.com

Lesa Pátria: general ligado ao 8/1 tem celular e arma apreendidos

O general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes, ligado a Eduardo Pazuello, foi alvo de busca e apreensão pela PF nesta sexta-feira (29/9)

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
General Ridauto Fernandes
1 de 1 General Ridauto Fernandes - Foto: Reprodução

Alvo da 18ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta sexta-feira (29/9), o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes teve celular, arma e passaporte apreendidos. Mandado expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e cumprido pela PF ainda determina o bloqueio de bens do militar.

Ridauto Fernandes é investigado na operação que visa identificar participantes dos atos golpista de 8 de janeiro, em Brasília (DF), quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos por bolsonaristas que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas instituições.

O general da reserva aparece em um vídeo na Praça dos Três Poderes na ocasião, como participante dos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro. Vestido com camisa do Brasil, Fernandes disse, na época, que estava “arrepiado” com a invasão e criticou a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) por ter atirado bombas de gás lacrimogêneo nos participantes do movimento. O general também já defendeu, em suas redes sociais, um golpe de Estado e disse que “morreria e mataria” pelo Brasil.

Na investigação, Ridauto Fernandes é considerado executor e possivelmente um dos idealizadores dos atos golpistas.

Veja o momento em que o general aparece nas manifestações:

Ridauto e Pazuello

Ele era conhecido ainda por fazer parte de um grupo específico dentro das Forças Especiais do Exército Brasileiro: os “kids pretos”. Nomes como o de Ridauto e Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, eram integrantes.

O termo é usado como apelido para referir-se aos militares (de ativa ou não) que se especializam em operações especiais do Exército, com foco nas ações de sabotagem e incentivo em revoltas populares (ou “insurgência popular”), que não chegam a se transformar em guerra civil. Investigações da PF apontam participação de Ridauto.

O apelido “kids pretos” também faz referência às Forças Especiais, que compõem a elite de combate do Exército.

3 imagens
Ridauto é ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde durante a gestão Eduardo Pazuello
Enquanto estava na ativa, Ridauto integrou as Forças Especiais do Exército
1 de 3

General Ridauto envolvido nos atentados do 8 de Janeiro e investigado pela Lesa Pátri

Redes sociais/Reprodução
2 de 3

Ridauto é ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde durante a gestão Eduardo Pazuello

Exército Brasileiro/Sr. Charles/Divulgação
3 de 3

Enquanto estava na ativa, Ridauto integrou as Forças Especiais do Exército

Redes sociais/Reprodução

A nova fase da Operação Lesa Pátria busca justamente identificar os militares que possivelmente integrariam as FE do Exército, cuja análise e apuração da revista Piauí afirmaram, no começo do ano, que teriam envolvimento no início da invasão às sedes da Praça dos Três Poderes, durante os ataques golpistas de 8 de janeiro.

14 imagens
1 de 14

Bolsonaristas ocupam o Congresso Nacional

Matheus Veloso/Metrópoles
2 de 14

Matheus Veloso/Metrópoles
3 de 14

Matheus Veloso/Metrópoles
5 de 14

Matheus Veloso/Metrópoles
6 de 14

Matheus Veloso/Metrópoles
7 de 14

Matheus Veloso/Metrópoles
8 de 14

Matheus Veloso/Metrópoles
9 de 14

Matheus Veloso/Metrópoles
10 de 14

Matheus Veloso/Metrópoles
11 de 14

Matheus Veloso/Metrópoles
13 de 14

Bolsonaristas invadiram sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro

Matheus Veloso/Metrópoles
14 de 14

Matheus Veloso/Metrópoles

No dia 8 de Janeiro, milhares de pessoas entraram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF. A estimativa é que os danos causados ao patrimônio público no dia em questão cheguem ao valor de R$ 40 milhões.

O general da reserva depõe nesta sexta-feira (29/9), na sede da PF.

General ligado a Pazuello

Ridauto é ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde durante a gestão Eduardo Pazuello, de quem é próximo. Ele foi nomeado para o cargo em julho de 2021 e ficou até o fim do governo Jair Bolsonaro.

O general assumiu o cargo na pasta no lugar de Roberto Dias Ferreira, exonerado do posto após ser acusado de pedir propina para fechar um contrato para compra de vacina contra Covid-19 durante a pandemia. Saiba mais sobre o general.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?