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Leonardo indeniza trabalhadores resgatados em fazenda. Saiba valores

O cantor sertanejo Leonardo foi incluído na “lista suja” do trabalho escravo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)

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O cantor sertanejo Leonardo pagou R$ 225 mil em indenizações aos seis trabalhadores resgatados em condição análoga à escravidão em sua fazenda localizada em Jussara, Goiás, após ser incluído pelo governo na “lista suja” do trabalho escravo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

A informação consta em um documento do acordo feito entre a Defensoria Pública da União (DPU), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o cantor, segundo o G1.

De acordo com a defesa de Leonardo, além da indenização, o artista teve de pagar multa de R$ 94.063,24.

“Nós resolvemos todos os problemas da fazenda, mesmo estando arrendada. Foram pagas todas as indenizações a essas pessoas, e nós aceitamos o acordo proposto pelo Ministério Público”, detalhou o advogado Paulo Vaz ao G1.

MTE detalha rotina de trabalhadores na fazenda de Leonardo

Um relatório divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nesta quarta-feira (9/10) trouxe à tona as condições de trabalho de seis funcionários resgatados em uma fazenda localizada em Jussara (GO), de propriedade do cantor Leonardo.

O grupo incluía um adolescente de 17 anos e foi encontrado em situação análoga à escravidão.

De acordo com o documento, os trabalhadores enfrentavam jornadas de até 10 horas diárias, sem a formalização de contratos e sequer a garantia de descanso semanal remunerado.

Conforme descreveu o MTE, a situação em que os funcionários viviam é precária. Eles dormiam em uma casa abandonada, localizada a 2 quilômetros da sede da Fazenda Lakanka, que não contava com instalações adequadas.

O local era descrito como “impróprio para habitação”, apresentando camas improvisadas feitas de tábuas de madeira, sem acesso a banheiros, e com a presença de morcegos, fezes de animais e outros detritos.

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Além disso, os trabalhadores improvisaram um chuveiro utilizando uma mangueira e realizavam suas necessidades ao ar livre, em condições que comprometiam a higiene. A única fonte de água disponível era um poço que estava em estado precário e sem manutenção, levantando preocupações sobre a potabilidade da água consumida.

Carga horária e pagamento

Os funcionários relataram que suas atividades consistiam principalmente na remoção de restos de árvores, raízes e outros materiais do solo para prepará-lo para o cultivo. A jornada de trabalho se iniciava às 7h e se encerrava às 17h, com uma pausa de uma hora para o almoço.

O pagamento era fixado em R$ 150 por dia, mas não havia compensação financeira nos dias em que não trabalhavam, sejam esses por folgas programadas ou por motivos de saúde.

O relatório também destacou que o trabalho aos domingos, quando realizado até meio-dia, era pago com meia diária, ou seja, R$ 75, o que gerava insatisfação entre os trabalhadores. Os catadores de raízes mencionaram ainda que, em algumas ocasiões, eram obrigados a realizar atividades extras sem a devida remuneração.

A contratação e o pagamento dos trabalhadores eram feitos por Leonardo por meio de outros funcionários, como gerentes da fazenda, que atuavam como intermediários.

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