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Leitura de carta pela democracia inspira atos por todo o país nesta 5ª

Ao todo, 22 universidades farão a leitura da carta elaborada pela Faculdade de Direito da USP. Haverá manifestações nos 26 estados e no DF

atualizado

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Carta pela democracia lida na USP
1 de 1 Carta pela democracia lida na USP - Foto: Reprodução/YouTube

Esta quinta-feira (11/8) é marcada por atos em defesa da democracia espalhados por todo o país. O movimento é impulsionado pela Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito, elaborado por juristas e pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP), e que conta com quase 850 mil assinaturas, entre políticos, entidades sindicais, empresários, professores, e outros.

O documento, assim como o manifesto em defesa da democracia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), será lido em evento na universidade, nesta quinta. Outras 21 instituições aderiram ao movimento e também farão a leitura da carta. Paralelo a isso, movimentos sociais organizam atos em todos os 26 estados e no Distrito Federal (confira a lista no final).

Veja ao vivo na USP:

Nessa quarta-feira (10/8), artistas divulgaram um vídeo recitando a carta. Entre as personalidades, estão Fernanda Montenegro, Marisa Monte, Anitta, Juliette, Seu Jorge, Caetano Velloso, Wagner Moura, Gal Costa, entre outros.

Veja:

Desde a publicação, em 26 de julho, a carta da USP recebeu o apoio de políticos de esquerda e de direita, de economistas ortodoxos e heterodoxos; de advogados lavajatistas e garantistas e até mesmo de personagens que já estiveram ligados ao governo de Jair Bolsonaro (PL). O presidente, no entanto, afirmou que os signatários são “caras de pau” e “sem caráter”, no último dia 2.

No dia anterior, em conversa com apoiadores, o mandatário havia chamado os subscritores de “mamíferos”, em referência a uma suposta dependência do governo: “Esse manifesto aí foi assinado por banqueiros, artistas, e tem mais uma classe aí… Alguns empresários, mamíferos”.

Atos por todo o país

Na USP, o evento de leitura da carta será limitado aos organizadores, aos signatários da Carta aos Brasileiros de 1977 — que defendia a restauração do estado democrático de direito em meio à ditadura militar —, profissionais de imprensa, além de representantes de entidades da sociedade civil que subscreveram os manifestos.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou o documento, mas não deve participar do ato. Na próxima quinta (15/8), ele visitará a instituição para uma aula aberta sobre universidade pública e a democracia. O candidato do PT ao governo do estado, Fernando Haddad, deve comparecer.

Ainda em São Paulo, foram convocadas manifestações em frente ao Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), na Avenida Paulista, e em cidades do interior, como Campinas, Ribeirão Preto e Santos.

Em Brasília, a carta será lida na Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB), às 10h. Docentes, estudantes, e técnicos da Faculdade reforçaram, em nota, a “irrestrita confiança” na Justiça Eleitoral. “Neste momento crucial, nos colocamos na posição de defesa intransigente da Democracia, princípio basilar da Constituição da República do qual decorrem todos os demais, e reafirmamos o apoio às instituições do sistema eleitoral”, afirmam. Às 15h, está previsto um ato em frente ao Congresso Nacional.

O estado do Rio de Janeiro é onde ocorrerão mais leituras do manifesto, somando seis pontos: na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Universidade Federal Fluminense (UFF); Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); PUC- Rio; no Coletivos Feministas do Rio de Janeiro; e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Além disso, haverá uma manifestação na Candelária, às 16h.

União de diferentes grupos

Susy Hoffman, diretora do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp) e que está envolvida na organização dos atos em favor da democracia, avalia que um dos principais motivos para a mobilização é o receio da ruptura institucional frente aos ataques que o sistema eleitoral vem sofrendo. Ela lembra também a invasão no Capitólio, nos Estados Unidos, após a eleição de Joe Biden e teme que episódio semelhante aconteça após o pleito de outubro.

“[O que justifica] É o medo de ter uma minoria que não aceite que determinado candidato perca numa eleição, seja presidente, governador, deputado, senador, e faça qualquer tipo de ameaça”, pontua.

Para ela, a diversidade entre os signatários demonstra há o interesse de diferentes setores da sociedade em defender os valores da liberdade e da democracia. Hoffman também rejeita o antagonismo aos atos antidemocráticos que podem ser evocados no próximo 7 de setembro.

“A gente não pode pensar na nossa mobilização como uma resposta aos atos antidemocráticos, mas sim como uma atitude positiva aos atos democráticos. A gente não quer a polarização. A gente quer um ambiente de muita liberdade e de reunião de pessoas que estão, às vezes, em pólos opostos, mas todos acreditam na liberdade e na democracia”, defende.

“O que se espera é que a sociedade toda acorde para essa necessidade de estar atentos. Não aceitar fake news, não aceitar essas histórias de que já houve fraude nas eleições passadas, coisa que nunca foi provado,” diz sobre o resultado das manifestações.

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Luiz Inácio Lula da Silva assina Carta pela Democracia
Socióloga Janja da Silva, esposa de Lula, é uma das signatárias da Carta pela Democracia
Artistas leem carta pela democracia
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Faculdade de Direito da USP

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Luiz Inácio Lula da Silva assina Carta pela Democracia

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Socióloga Janja da Silva, esposa de Lula, é uma das signatárias da Carta pela Democracia

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Artistas leem carta pela democracia

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Veja todos os atos confirmados:

Acre
Rio Branco – Restaurante Universitário da UFAC, 10h

Alagoas
Maceió – Praça Centenário, 8h; UFAL/UNEAL, 10h

Amapá
Macapá – Praça Veiga Cabral, 9h; Unifap, 15h

Amazonas
Manaus – Praça da Saudade, 15h

Bahia
Lauro de Freitas – Viaduto 2 de julho, 9h
Feira de Santana – UEFS, 14h30
Salvador – Praça do Campo Grande, 9h; UFBA, 10h

Ceará
Fortaleza – UFC, 9h; Praça da Bandeira, 9h; Praça da Gentilândia, 16h; Casa do Estudante, 19h

Distrito Federal
Brasília – Faculdade de Direito da UnB, 10h; Museu Nacional, 15h; Congresso Nacional, 15h; Teatro Nacional, 17h; Gramado da Esplanada, 18h

Espírito Santo
Vitória – Praça Costa Pereira, 10h; Escada do Teatro Universitário da UFES, 16h; Quadra da Escola de Samba Novo Império, 18h

Goiás
Cidade de Goiás – Mercado Municipal, 18h
Goiânia – Praça Universitária, 17h; UFG Campus Goiânia, 17h30; UFG Campus Goiás, 20h

Maranhão
São Luís – Praça Deodoro, 16h

Minas Gerais
Belo Horizonte – Av. Álvares Cabral 400, 10h; UFMG, 11h; Praça Afonso Arinos, 17h
Divinópolis – Praça da Bíblia – Bairro Belvedere, 17h30
Juiz de Fora – Praça da Estação, 17h

Mato Grosso do Sul
Campo Grande – Auditório da ACP, 10h; Câmara Municipal, 10h
Três Lagoas – Portões da UFMS, 18h

Mato Grosso
Cuiabá – Liceu Cuiabano, 19h

Pará
Belém – UFPA, 14h; Mercado de São Brás, 17h
Santarém – Praça São Sebastião, 17h

Paraíba
Campina Grande – Praça da Bandeira, 15h
João Pessoa – Lyceu Paraibano, 14h

Pernambuco
Recife – UNICAP, em frente ao Bloco G, 9h; Faculdade de Direito UFPE ao lado da Câmara de Vereadores, no Parque 13 de Maio, 10h; UFPE, 11h; Rua da Aurora, 15h

Piauí
Teresina – Praça Rio Branco, 8h30

Paraná
Cascavel – No Redondo da Unioeste, 17h30
Curitiba – Praça Santos Andrade, 18h
Londrina – Praça do CECA, 10h; Calçadão ao lado do Banco do Brasil, 17h; Gramado do CCH, 21h
Paranaguá – Sede da APP Sindicato, 18h
Ponta Grossa – Praça Santos Andrade – Entrada principal da UEPG, 18h

Rio de Janeiro
Campos dos Goytacazes – Pelourinho, no Calçadão, 10h
Rio de Janeiro – PUCRJ, 11h; UERJ, 11h; UFRJ, 11h; UNIRIO, 11h; Candelária, 16h
Niterói – UFF, 9h
Resende: – Mercado Popular, 16h

Rio Grande do Norte
Natal – Midway, 14h30

Rio Grande do Sul
Porto Alegre – Colégio Júlio de Castilhos, 8h; Faculdade de Direito da UFRGS, 10h; UFRGS, 11h; Palácio Piratini, 12h

Rondônia
Porto Velho – UNIR Centro, 16h30

Roraima
Boa vista – Maloquinha do Insikiran, 16h30

Santa Catarina
Chapecó – Saguão da Reitoria da UFFS, 10h
Florianópolis – Auditório da Reitoria da UFSC, 10h; Praça da Alfândega, 17h

Sergipe
Aracaju – Alese, 10h; Praça Getúlio Vargas. Bairro São José, 15h; Praça da Democracia na UFS, 16h30

São Paulo
Botucatu – Biblioteca UNESP – Rubião Júnior, 11h
Campinas – UNICAMP, 9h30; Largo do Rosário, 10h
Marília – Praça Saturnino de Brito, em frente à Prefeitura, 16h
Paulínia – Replan, 7h
Santos – Praça dos Andradas, 10h
São Paulo – Sindicato dos Jornalistas, 9h30; Faculdade Direito USP (Leitura da Carta), 10h; MASP – Av. Paulista, 17h
Ribeirão Preto – USP Ribeirão Preto, 10h; Esplanada do Teatro Pedro II, 17h

Tocantins
Palmas – UFT BLOCO C, 19h

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