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Justiça suspende leilão de resort usado para lavar dinheiro do PCC

Segundo a acusação, o resort de luxo teria sido usado para lavagem de dinheiro proveniente de esquema de tráfico internacional de drogas

atualizado

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1 de 1 imagem colorida de agente da Receita Federal diante de resort de luxo - Metrópoles - Foto: Divulgação/Receita Federal

O Paraíso Manso Resort teve o leilão suspenso pela Justiça Federal. Segundo a acusação, o local teria sido usado para lavagem de dinheiro proveniente de um esquema de tráfico internacional de drogas.

Segundo informações do Estado de S.Paulo, o estabelecimento havia sido alvo, em 2020, da Operação Status, que tinha como objetivo desarticular a organização criminosa que comandava o esquema. À época, a Polícia Federal prendeu seis pessoas, além de ter realizado o bloqueio de bens e fluxo financeiro do grupo.

A suspensão do leilão também tem como base o fato de que o empreendimento está em área federal. Assim, o juiz Luiz Augusto Iamassaki Florentini, da 5ª Vara Federal de Campo Grande, cancelou a tentativa de venda, pois quer saber se o estabelecimento será incorporado ao patrimônio público.

A investigação aponta que as atividades do grupo se concentravam entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. No entanto, alguns ramos de atividade se estendiam a outros estados e para fora do Brasil.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o local havia sido registrado em nome de uma “laranja” (pessoa ou entidade usada para ocultar atividades financeiras ilícitas). A propriedade seria, na verdade, do clã Morinigo, que responde a uma ação penal por tráfico internacional de drogas e organização criminosa.

A família Morinigo também já havia sido alvo da Operação Riqueza, que a apontava como um dos principais fornecedores de drogas do Primeiro Comando da Capital (PCC), num “laço de longa da data”, segundo os investigadores. A propriedade seria usada para lavar dinheiro das atividades criminosas.

Segundo o Estado de S.Paulo, as audiências de instrução — ato processual para colheita de provas — comecem em fevereiro deste ano. Além das testemunhas, 12 réus ainda precisam ser ouvidos.

Procurado pela equipe de reportagem, o advogado da família Morinigo afirmou que associar a propriedade do imóvel ao clã é uma “ilação irresponsável”. Após acusar o MPF de ter sonegado documentos do caso, a defesa teve acesso ao material e se prepara para “esclarecer a evolução patrimonial”.

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