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Leilão: como será distribuído o arroz importado pelo governo Lula

O arroz importado adquirido deverá chegar aos armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) até 8 de setembro

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Após a compra das 263 mil toneladas de arroz importado em leilão público, o governo federal deve começar a dar os próximos passos (confira mais informações a seguir) e iniciar a armazenagem, o empacotamento e a distribuição do grão para a população.

O pré-leilão foi marcado por uma batalha judicial para impedir a compra do produto importado, motivada pela resistência de setores produtivos gaúchos e parlamentares da oposição. Mas, ao final, a aquisição foi autorizada pela Justiça Federal, e o Brasil comprou, na última quinta-feira (6/6), a primeira remessa do alimento importado para conter eventual alta de preços do alimento após as enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) pagou um pouco mais de R$ 1,3 bilhão pelo carregamento do grão. A Conab recebeu autorização do governo Lula (PT) para comprar até 300 mil toneladas de arroz.

Quanto o Brasil comprou?

Ao todo, o país vai importar 263,37 mil toneladas de arroz. O volume adquirido corresponde a 87,79% do total de 300 mil toneladas do pedido inicial do governo. Para comprar o produto, a Conab desembolsou R$ 1,3 bilhão, dos R$ 1,7 bilhão liberados.

A Conab explica que compra o grão de empresas brasileiras que ficam responsáveis pela importação do produto.

“Avaliamos que foi um sucesso esse primeiro leilão”, avaliou o presidente da Conab, Edegar Pretto. Segundo ele, a compra do alimento será feita de maneira escalonada, ou seja, “conforme a necessidade”.

Qual a origem do arroz?

A origem do produto apenas será conhecida após a apresentação do Documento de Importação pelas empresas arrematantes. A expectativa da Conab é que essa informação fique disponível em até 15 dias.

Os lotes arrematados foram para os estados da Bahia, do Ceará, do Espírito Santo, de Goiás, do Maranhão, de Minas Gerais, do Pará, da Paraíba, do Paraná, de Pernambuco e de São Paulo. Enquanto, os lotes destinados para Amazonas, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins não foram comercializados.

Quando o carregamento chega ao Brasil?

O arroz deverá chegar aos armazéns da Conab até 8 de setembro, conforme edital publicado em 29 de maio pela própria companhia. Além disso, o alimento será entregue em três etapas, com prazo mínimo para o fornecimento de 90 dias e o máximo de 150 dias.

Para onde vai o arroz?

Os pacotes de arroz serão destinados a pequenos varejistas, mercados de vizinhança, supermercados, hipermercados, atacarejos em regiões em que há insegurança alimentar. Essas lojas serão cadastradas pela Companhia Nacional de Abastecimento.

O edital ainda prevê que o valor do produto deverá estar estampado na embalagem do cereal, em um selo padronizado.

O rótulo (veja abaixo) conta com as logomarcas do governo federal, dos ministérios da Agricultura e Pecuária e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e da Conab. Além disso, é composta pela seguinte frase: “Produto adquirido pelo governo federal”.

Selo do governo federal em pacote de arroz

Quanto o consumidor final pagará?

O produto chegará na mesa do consumidor final por R$ 20 — ou seja, R$ 4 por um quilo. Vale destacar que o preço de R$ 20 será garantido apenas em pacotes com o selo padronizado do governo federal.

Vai ter novo leilão?

Não. O presidente da Conab, Edegar Pretto, afirmou que o governo federal não trabalha com nenhuma possibilidade momentânea de abrir um novo leilão, além das 300 mil toneladas autorizadas, exceto “se for necessário”.

O foco, no momento, é observar o mercado e fazer a distribuição do arroz adquirido.

“Então, estamos comprando essas 300 mil toneladas e vamos avaliar agora o mercado. Se não houver necessidade não faremos mais compras. Mas, enquanto for preciso baratear o preço para os consumidores, nós vamos estar realizando os leilões. Nós queremos garantir um produto bem acessível aos consumidores”, informou Pretto.

Além disso, ele reforçou que tanto a Conab quanto o governo não enxergam, neste momento, a necessidade de “fazer compra externa de nenhum outro produto” agrícola. “Graças a Deus, a nossa expectativa é de uma boa safra agrícola”, disse.

Mas, e as 36 mil toneladas restantes?

O que vai ocorrer nos próximos dias é uma reoferta para tentar comprar as 36,63 mil toneladas de arroz importado não adquiridas no leilão realizado na última quinta-feira. O objetivo é contemplar o edital das 300 mil toneladas solicitadas pelo governo.

O leilão está previsto para ocorrer às 9h da próxima quinta-feira (13/6), de forma on-line na modalidade “viva-voz”, com utilização do Sistema de Comercialização Eletrônica da Conab (SISCOE) e com interligação das Bolsas de Cereais, de Mercadorias e/ou de Futuros.

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