Lavagem de dinheiro: “Faraó dos Bitcoins” e vereador são denunciados
Operação nesta sexta (19/8) apreendeu R$ 48 mil em espécie na casa do vereador de Armação de Búzios, Lorram Gomes da Silveira
atualizado
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Rio de Janeiro – O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “Faraó do Bitcoin”, o vereador de Armação de Búzios, na Região dos Lagos do Rio, Lorram Gomes da Silveira, e Carlos Alexandre da Silva por lavagem de dinheiro.
O vereador Lorram foi alvo de busca e apreensão, na manhã desta sexta-feira (19/8), durante a operação Cryptolavagem.
Na operação, foram apreendidos R$ 48 mil em espécie na casa do parlamentar. Lorram é acusado de lavar dinheiro proveniente da venda de alvarás no município de Búzios com investimentos em criptoativos. O esquema era intermediado por Carlos Alexandre e Glaidson Acácio dos Santos, que está preso desde 25 de agosto de 2021.
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 1ª Vara Especializada do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). Segundo o MP, a operação Cryptolavagem é um desdobramento da Operação Plastografos – fase II, desencadeada pelo Gaeco em abril de 2021, quando desarticulou uma quadrilha liderada pelo vereador e outros servidores da Prefeitura.
Ainda em 2021, Lorram já havia sido acusado de ter promovido, constituído, financiado e integrado organização criminosa dedicada à prática dos crimes de corrupção passiva, uso de documento falso e estelionato, envolvendo a emissão de alvarás no município da Região dos Lagos.
Este é o terceiro mandato de Lorram como vereador de Búzios. Em 2009 e 2016 ele também ocupou o cargo. O vereador também atuou na comissão de chefe de gabinete do então prefeito André Granado, entre novembro de 2018 e maio de 2019, período em que foram praticados os delitos apontados pelo MP-RJ.
A 1ª Vara Especializada determinou o afastamento de Lorram das funções públicas. A operação conjunta foi entre o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco), com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI).
O “Faraó dos Bitcoins” está preso desde o ano passado, acusado de liderar uma organização criminosa através de investimentos em criptomoedas. Ele é suspeito de montar um esquema de pirâmide financeira.