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Lava Jato: PF cumpre mandados no Rio contra fraudes em transportes

Entre os alvos, estão o presidente da Alerj, Jorge Picciani, que foi levado a depor no Rio, e o filho dele, preso em Minas Gerais

atualizado

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JOSE LUCENA/FUTURA PRESS
PF REALIZA NOVA ETAPA DA OPERAÇÃO LAVA JATO.
1 de 1 PF REALIZA NOVA ETAPA DA OPERAÇÃO LAVA JATO. - Foto: JOSE LUCENA/FUTURA PRESS

Em mais um desdobramento da Operação Lava Jato, a Polícia Federal cumpre, nesta terça-feira (14/11), mandados de prisão, busca, apreensão e condução coercitiva no Rio de Janeiro. Os alvos são o empresário Jacob Barata Filho, Lélis Teixeira, ex-presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), e o deputado estadual Paulo Mello (PMDB).

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani, foi levado por agentes para depor na sede da PF na capital fluminense. Em Minas Gerais, policiais prederam o filho dele, Felipe Picciani.

A operação foi batizada de Cadeia Velha e é uma continuação das ações da Ponto Final, que investiga desvios de verba no transporte público do estado.

Em julho, Jacob Barata, Lélis Teixeira e mais de 11 pessoas envolvidas no esquema de corrupção foram presas pela PF. Logo depois, foram soltos por determinação judicial. De acordo com as investigações, foram rastreados R$ 260 milhões em propina pagos pelos investigados a políticos do Rio de Janeiro.

Delação
A família Picciani foi um dos alvos do acordo de leniência da Carioca Engenharia em abril do ano passado. A matemática Tania Maria Silva Fontenelle, ligada à empreiteira, afirmou que comprou vacas superfaturadas da empresa Agrobilara Comércio e Participações Ltda. para “gerar dinheiro em espécie” para a empreiteira. A Agrobilara pertence à família Picciani.

A executiva ligada à Carioca afirmou que “simplesmente atendia as solicitações de obter dinheiro em espécie e entregava a quem fazia a solicitação ou a pessoas da empresa por eles indicadas”.

“Obviamente sabia que a destinação dessas quantias era ilícita, para corrupção ou para doação eleitoral não-declarada; que, entretanto, não manteve contabilidade ou controle disso, pois estava há muitos anos na empresa, tinha a confiança dos acionistas e eram recursos não oficiais que normalmente entregava aos solicitantes”, declarou Tania Maria.

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