Lava Jato: Paulo Preto confessou ter 4 contas milionárias na Suíça
Operador do sistema criminoso do PSDB, ele admitiu ter contas na Suíça para diminuir a pena e livrar comparsas
atualizado
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O operador confesso do esquema criminoso do PSDB, o engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, assumiu ter quatro contas na Suíça com saldo de mais de R$ 137 milhões.
Em defesa, ele contou que obteve os valores retificando as declarações dos últimos 5 anos, com acréscimo de multas. As informações são da Folha de S.Paulo. Paulo Preto justificou, ainda, que as contas foram criadas como estratégia de redução de danos.
Ao assumir ser responsável pelo dinheiro, o engenheiro escapa da acusação de crime fiscal. A declaração serviu também para limpar o nome de comparsas investigados pelas mesmas contas na Suíça, como o ex-ministro Aloysio Nunes Ferreira.
Essa é a terceira vez que Paulo Preto foi preso. Investigado pela Operação Lava Jato, ele foi condenado a 145 anos de prisão e citado em oito delações premiadas.
Delação premiada
Os primeiros indícios de delação premiada ocorreram em 2018, quando ele foi preso em São Paulo. De acordo com a Folha, por se sentir deprimido e humilhado pelos colegas de cela, ele cogitou partir para delação premiada e começou a soltar acusações aos parceiros de crime.
Após organizar os 70 casos de corrupção em que se envolveu, ele teve habeas corpus aceito pelo ministro Gilmar Mendes e desistiu do recurso.
Procurado pelo veículo, o atual advogado de Paulo Preto preferiu não comentar a declaração do cliente. Já o ex-ministro Aloysio Ferreira disse que não se enquadra no assunto. “Não vou comentar porque não me diz respeito. Essa é uma questão entre o ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza, e a Receita Federal”, concluiu.