metropoles.com

Lava Jato encontra apenas R$ 119,26 em conta de operador do PMDB

A quantia foi a única localizada pelo sistema Bacenjud, utilizado pela Justiça Federal para cumprir ordens de retenção de valores em bancos

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO
jorge luz bruno luz blackout
1 de 1 jorge luz bruno luz blackout - Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO

Atuando como lobista desde 1986 e apontado pela Operação Lava Jato como operador de propinas do PMDB, o empresário Jorge Luz mantém em seu nome no sistema bancário apenas R$ 119,26 em uma conta no Banco Santander.

A quantia foi o único valor localizado pelo sistema Bacenjud, utilizado pela Justiça Federal para cumprir ordens de retenção de valores em bancos de todo o Brasil, após a determinação de bloqueio do juiz Sérgio Moro na Operação Blackout, 38ª fase da Lava Jato deflagrada no último dia 23 e que levou à prisão Jorge e seu filho Bruno Luz.

Ao todo, o juiz da Lava Jato decretou o bloqueio de até R$ 50 milhões dos dois operadores do PMDB e de Apolo Santana Vieira, apontado como um dos donos do jatinho que se acidentou com o então candidato a presidente Eduardo Campos em 2014. O confisco atinge, ainda, 19 empresas dos investigados.

Nas contas de Bruno Luz foram bloqueados R$ 4.302,87. Os valores destoam das movimentações milionárias que a investigação da Lava Jato identificou envolvendo pai e filho. Ambos são acusados de movimentarem pelo menos US$ 40 milhões em propinas para agentes públicos e políticos do PMDB, em cinco contratos da Petrobras, no Brasil, Argentina e África.

A Lava Jato considera que identificou a rede de empresas de Luz usadas para lavar dinheiro. Por meio delas, a força-tarefa quer chegar aos valores pagos nos negócios já delatados por outros investigados e expandir as apurações.

A Receita Federal, em apoio à Procuradoria da República, também rastreou os bens e as empresas em nome de Jorge Luz e identificou que ele manteve seu CNPJ responsável apenas como procurador da offshore TBC Equity Ltda.

No Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, consta que Luz foi sócio de apenas duas empresas – a Total Express Participações Ltda, que teve baixa em 2015, e a GEA Projetos Eireli, da qual saiu em 2011.

Empresas
Entre 1990 e 1997, foi responsável pela empresa FBR Comércio e Indústria Ltda-ME. O bloqueio de Moro na Blackout também atingiu a GEA (que atualmente está em nome de uma irmã de Jorge), em cujas contas foram encontradas apenas R$ 100,66, e a FBR, em cujas contas não foi encontrado nenhum centavo.

Juntos, Bruno e Jorge têm nove empresas, todas suspeitas de serem firmas de fachada usadas para movimentação de dinheiro ilegal e fornecimento de falsos contratos. Os dois lobistas chegaram nesta quinta-feira (2/3), a Curitiba, onde deverão ser chamados para depor perante os investigadores da força-tarefa da Lava Jato.

Ambos são investigados por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas e, segundo o MPF, teriam movimentado dinheiro de propina no esquema de corrupção da Petrobras até por meio de contas no exterior, na Suíça e nas Bahamas.

Desde que a Operação Blackout foi deflagrada o PMDB vem reiterando que os envolvidos na investigação não possuem relação com o partido. O advogado de Jorge e Bruno Luz não foi localizado para comentar o caso na noite desta quinta-feira.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?