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Laudo confirma lesões de entregador agredido com coleira de cachorro

Entregador foi agredido nas costas com “chicotadas” no domingo (9/4) . Ex-jogadora de vôlei é acusada de injúria racial e lesão corporal

atualizado

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ex-jogadora agride entregador com coleira de cachorro
1 de 1 ex-jogadora agride entregador com coleira de cachorro - Foto: Reprodução

Laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que o entregador Max Ângelo dos Santos foi vítima de agressão com uma coleira de cachorro no bairro de São Conrado (RJ), nesse domingo (9/4). Vídeos de uma mulher ofendendo e agredindo a vítima viralizaram na internet.

Identificada como Sandra Mathias Correia de Sá, a agressora foi intimada, nesta terça-feira (11/4), a comparecer à 15ª Delegacia de Polícia (Gávea) por duas novas acusações: injúria racial (com pena de 2 a 5 anos de prisão) e lesão corporal (com pena de detenção de 3 meses a 1 ano) contra os dois entregadores negros.

Ao G1, a delegada Bianca Lima, da 15ª DP (Gávea), disse que “o laudo do IML veio positivo e atesta as lesões sofridas pela vítima”. O homem afirma que Sandra o tratou “como se fosse escravo”.

“Ela me tratou como se eu fosse escravo. Só que ela está esquecendo que o tempo da escravidão acabou há muitos anos, e isso não pode acontecer. É inadmissível. Não tem como aceitar uma situação como essa”, disse Max Ângelo dos Santos à TV Globo.

Entenda o caso

A ex-jogadora de vôlei e nutricionista Sandra Mathias Correia de Sá agrediu e perseguiu dois entregadores negros no bairro de São Conrado, no Rio de Janeiro. O incidente aconteceu nesse domingo (9/4).

Ela foi flagrada reclamando que os entregadores estavam andando de moto na calçada. Sandra discutiu e, por diversas vezes, ameaçou outra entregadora enquanto segurava a coleira do cachorro. “Tu não está na favela, filha da p*ta. Tu está aqui. Quem paga IPTU aqui sou eu. Espera”, ameaça.

Momentos depois, ela parte para cima de outro entregador e chega a tirar a coleira do cachorro para bater nele, dando uma espécie de chicotada.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, chamou a agressão de “desumanização dos corpos” provocada pelo racismo. Ela acrescentou que a pasta acompanhará o caso e ajudará as autoridades na investigação.

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