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Explosão de lancha: criança de 4 anos teve 100% do rosto queimado

Menino está intubado e em estado grave. Mãe grávida de 3 meses também estava na lancha e teve 50% do corpo queimado

atualizado

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Foto colorida de lancha que explodiu - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de lancha que explodiu - Metrópoles - Foto: Reprodução

Davi Freire Zerbone, de 4 anos, era uma das 11 pessoas que estava em uma lancha que explodiu em Cabo Frio (RJ), na segunda-feira (17/6). O menino teve 100% do rosto queimado, de acordo com familiares, e está intubado no Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama (RJ). O estado de saúde dele é considerado grave.

Entre as vítimas o acidente também está Letícia Sampaio, de 26 anos, mãe de Davi, grávida de 3 meses e teve 50% do corpo queimado. Ao g1, Gabriella Sampaio, irmã da mulher, contou sobre o estado de saúde dos familiares.

“O Davi foi transferido para uma área de isolamento no hospital. Graças a Deus, ele está com vida. Ele ainda está nas 48 horas de risco, mas estamos confiante na recuperação dele”, disse Gabriella Sampaio. Sobre a irmã, Gabriella tranquilizou. “Ela não perdeu o neném. O bebê está vivo, graças a Deus. Ela teve 50% do corpo queimado, principalmente braço, pernas, peito e pés. Mas ela tá bem, tá lúcida, tá brincando”, contou.

Segundo ela, a família, até o momento, não havia recebido nenhum tipo de assistência por parte da empresa que alugou a lancha. “Nada. Nem ligar para saber como eles estão. Quando eles [as vítimas] entraram na embarcação, eles [a empresa] também não falaram nada sobre colete ou algum tipo de precaução”, destacou.

Vítimas da explosão na lancha

Através de nota, a Prefeitura de Cabo Frio informou que os turistas capixabas foram atendidos, em um primeiro momento, no Hospital Central de Emergências (HCE), em São Cristóvão, e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no Parque Burle. Porém, devido ao nível dos ferimentos e estado de saúde, precisaram ser transferidos.

  • Gean Andrade, de 1 ano e meio – estado de saúde grave;
  • Davi Freire Zerbone, de 4 anos – estado de saúde grave;
  • Ana Lívia Pimentel, de 5 anos – estado de saúde estável;
  • Nayara Tauslane Andrade, de 22 anos – estado de saúde estável;
  • Leandro Zerbone, de 26 anos – estado de saúde não divulgado;
  • Letícia Sampaio, de 26 anos, grávida de 3 meses – estado de saúde estável;
  • Adulto sem idade identificada – estado de saúde não divulgado;
  • Adulto (piloto da lancha) – estado de saúde estabilizado;
  • Caroline Pimentel, de 28 anos – estado de saúde estabilizado;
  • Aleksandro Leão Vieira, de 36 anos – estado de saúde grave;
  • Adulto de 37 anos – estado de saúde não divulgado.

O que diz a Marinha?

A Marinha do Brasil informou, por meio de nota, que a Delegacia da Capitania dos Portos em Cabo Frio (DelCFrio) instaurou inquéritos administrativos, com prazo de conclusão de 90 dias. O objetivo é apurar causas, circunstâncias e possíveis responsabilidades do acidente.

Leia a nota na íntegra:

A Marinha do Brasil (MB), por intermédio do Comando do 1º Distrito Naval (Com1°DN), informa que a Delegacia da Capitania dos Portos em Cabo Frio (DelCFrio) instaurou Inquéritos Administrativos sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN), cujo prazo de conclusão é de 90 dias, com o propósito de apurar causas, circunstâncias e possíveis responsabilidades, sobre os últimos acidentes com as embarcações “A MAR I”, “BRADOCK” e “EYE SEA”, ocorridos em Cabo Frio – RJ. Os IAFN encontram-se em sua fase de instrução, a qual abrange todos os esforços para a elucidação destes acidentes.

Pontua-se que Ações de Fiscalização do Tráfego Aquaviário (AFTA) são realizadas nas Marinas e Iates Clubes, procedendo uma verificação documental e de equipamentos previstos nas Normas da Autoridade Marítima. Não obstante, as AFTA também são conduzidas no mar, efetuando-se inspeção na documentação do condutor, da embarcação e nos itens de segurança obrigatórios. Em 2024, foram realizadas mais de 5.840 inspeções, 314 notificações, além de 22 apreensões.

Insta salientar, por oportuno, que a DelCFrio realiza palestras para a Comunidade Marítima, ocasião quando é possível reforçar não somente as principais recomendações e precauções de segurança, previstas nos anexos 4B e 5F da NORMAM-211/DPC, mas também contribuir para a redução de falhas de procedimentos.

Cabe ressaltar que a Marinha incentiva e considera importante a participação da sociedade, que pode ser feita pelos telefones 185 (número para emergências marítimas e fluviais, além de pedidos de auxílio), (21) 2104-6119 e (21) 97515-7895 (diretamente com o Com1ºDN, para outros assuntos, inclusive denúncias).

 

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