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Nível da Lagoa dos Patos sobe e variação preocupa municípios gaúchos

As cidades de Pelotas e Rio Grande seguem em estado de calamidade pública com as mudanças de nível da Lagoa dos Patos

atualizado

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Michel Corvello/Prefeitura de Pelotas
Lagoa dos Patos em Pelotas
1 de 1 Lagoa dos Patos em Pelotas - Foto: Michel Corvello/Prefeitura de Pelotas

Os municípios em torno da Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul, aumentaram os cuidados por causa da oscilação do nível do corpo hídrico. No início da noite de segunda-feira (20/5), a média estava em 2,68 metros, enquanto a cota de inundação é de 1,30 metros.

Há pelo menos três variáveis mais importantes que influenciam esse nível: a quantidade de água vinda do Guaíba; os ventos mais fortes por causa de uma frente fria na região; e a maré alta.

Veja simulação feita pela Universidade Federal do Rio Grande (Furg), considerando ventos e outras variáveis:

Além disso, existe a chance de mais chuva na região. O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) aponta como muito alta a possibilidade de tempestades nos municípios banhados pela lagoa, com acumulados de até 150 mm até a sexta (24/5).

“Nestas condições, o risco hidrológico se agravará devido à permanência do deflúvio elevado proveniente do Lago Guaíba, cujo nível elevado pode ser acentuado pelas condições dos ventos de sul/sudeste, e devido à possibilidade de elevação dos níveis dos rios nas bacias dos rios Camaquã, Arroio Fragata e Canal São Gonçalo, rio Piratini, Arroio Grande e Jaguarão”, apontao documento.

Mais sobre a variação na Lagoa dos Patos

Relatório da Furg, divulgado no fim de semana, aponta que os níveis do corpo hídrico vão sofrer variações pelo menos até o fim do mês. E pode subir muito a partir de sábado que vem (25/5).

“De acordo com o documento, a breve análise dos resultados obtidos indica que a previsão do comportamento do nível da Lagoa dos Patos é variável e está fortemente relacionada à variabilidade da intensidade e direção dos ventos”, diz o site da universidade.

O estudo também aponta que “os resultados são afetados pela ocorrência de precipitação na bacia de hidrográfica, que variam as descargas dos corpos d’água que descargam volumes no Estuário, como é o caso do rio Guaíba, por exemplo”, continua.

Na área de influência da lagoa, cerca de 6 mil pessoas estão desalojadas.

Em Rio Grande, a lagoa está 18 centímetros mais alta que a linha do cais. Isso fez com que as inundações deixassem ruas intransitáveis e diversos serviços, como os de saúde, fossem suspensos.

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Pelotas
Pelotas sob risco de inundação
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Prefeitura Pelotas/Janine Tomberg
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Canoa leva moradores e cachorro em meio à enchente

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Morador de Pelotas

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Lagoa dos Patos em Pelotas

Michel Corvello/Prefeitura de Pelotas

A mudança de vento também fez com que Pelotas entrasse em estado de alerta. A ponto de famílias serem retiradas dos pontos onde o nível da água é mais alta. Mesmo com os diques de 3 metros de altura, construídos depois da enchente de 1941, o perigo ainda é grande.

No domingo, o vento começou a ir na direção sudoeste. A tendência era boa porque ajudou a empurrar a água para o oceano. Porém, desde a noite de ontem, a direção mudou.

São Lourenço, São José do Norte e Arambaré também declararam estado de calamidade pública.

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