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Laboratório identifica dois casos da nova variante de Covid-19 em São Paulo

Vírus é da mesma mutação que surgiu no Reino Unido, mas ainda não há estudos sobre taxa de transmissão no Brasil

atualizado

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O laboratório de diagnóstico Dasa informou nesta quinta-feira (31/12) que foram encontrados dois casos da nova variante da Covid-19 em São Paulo.

De acordo com a empresa, essa é a mesma mutação que surgiu no Reino Unido e já foi detectada em pelo menos 17 países. A descoberta foi comunicada ao Instituto Adolfo Lutz e à Vigilância Sanitária.

De acordo com o secretário de Saúde do estado, Jean Gorinchteyn, os casos foram identificados em um homem e uma mulher que retornaram ao Brasil após uma viagem do Reino Unido.

Segundo ele, apesar de se tratar de uma variante oriunda da Europa, ainda não há resultados clínicos que comprovem se a cepa identificada em São Paulo é mais transmissível, como a mutação encontrada no Reino Unido.

“Nós sabemos que esse vírus tem como origem o Reino Unido. Agora a gente está olhando a sequência de uma forma clara – cada uma das bandas genéticas desse vírus – para saber se ele tem as modificações estruturais similares às modificações apresentadas e identificadas no Reino Unido”, afirmou o secretário à CNN Brasil.

De acordo com o diretor médico da Dasa, Gustavo Campana, é comum que um vírus sofra mutação, mas é importante acompanhar o que há de diferente entre a cepa e o vírus original.

“A principal diferença [dessa mutação] é essa taxa de transmissibilidade e infectividade. […] Essa cepa já tem uma característica de ter mais afinidade para entrar na célula. Ou seja, tem uma transmissibilidade maior”, afirmou.

Preocupação com testes

O laboratório Dasa ainda afirmou que está trabalhando com o Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP) a fim de realizar estudos que permitam mostrar a eficiência de alguns testes para a Covid-19 diante da nova variante.

O argumento é que alguns testes podem apresentar diagnóstico falso-negativo, ou seja, quando uma pessoa está doente, mas o exame não aponta a presença de infecção.

De acordo com o médico Campana, isso não se aplica aos testes PCR, que conseguem identificar o novo coronavírus mesmo com várias mutações.

“Alguns testes de imunologia e de sorologia que só identificam a proteína S podem apresentar resultados falso negativos nos diagnósticos dessa nova variante”, explicou.

“Estamos antecipando a avaliação para definir os exames que sofram menos interferência em seu desempenho de diagnóstico, numa eventual expansão desta variante no Brasil”, acrescentou.

Cepa no Reino Unido

Em 19 de dezembro, o consultor médico chefe da Inglaterra, Chris Whitty, afirmou que a variante do novo coronavírus localizada no Reino Unido pode se espalhar mais rápido.

A informação, segundo ele, foi revelada por um estudo preliminar sobre a nova mutação. Não há evidências, porém, de que essa variante seja mais mortal.

“Como resultado da rápida disseminação da nova variante, dados de modelagem preliminares e taxas de incidência em rápido aumento no sudeste, o país agora considera que a nova cepa pode se espalhar mais rapidamente”, disse o médico.

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