“Kids pretos”: militar preso pede a Moraes transferência a Brasília
O tenente-coronel Hélio Ferreira Lima está preso em unidade militar no estado do Rio de Janeiro por envolvimento na trama de golpe
atualizado
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A defesa do tenente-coronel Hélio Ferreira Lima pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o militar seja transferido para uma unidade militar em Brasília (DF). Ele está preso no estado do Rio de Janeiro por suposto envolvimento em uma trama para decretar um golpe de Estado.
O pedido encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes demanda a transferência dele para o Comando Militar do Planalto, em Brasília (DF). Recentemente, outros dois militares receberam autorização para serem transferidos à mesma unidade.
A defesa de Hélio alega que ele tem esposa, militar da ativa, em vias de transferência oficial para Brasília (DF), e três filhos residentes na capital federal. “A distância entre o local de custódia atual e a residência de sua família tem inviabilizado a visita regular de seus entes queridos, direito expressamente garantido pelo art. 41, inciso X, da Lei de Execução Penal”, alega.
O tenente-coronel foi preso dentro de um avião, ao pousar no Aeroporto do Galão, no Rio de Janeiro. Como mostrou o Metrópoles, na coluna de Igor Gadelha, o militar pediu à PF para vestir sua farda do Exército, mas os agentes não permitiram.
Reportagem do Metrópoles mostrou que o militar usou uniforme em audiência de custódia conduzida por juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes.
Hélio, outros três militares e um policial federal foram presos no âmbito da Operação Contragolpe, deflagrada pela PF em 19 de novembro.
Os militares em questão são os “kids pretos”, unidade de elite do Exército Brasileiro do Comando de Operações Especiais (Copesp).
Na última semana, a PF concluiu as investigações sobre a trama golpista ocorrida nos últimos dias do governo de Jair Bolsonaro, em 2022, e decidiu pelo indiciamento de 37 envolvidos, entre os quais consta o próprio ex-presidente.