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“Kid preto” que queria ser preso de farda usou uniforme em audiência

O militar foi preso ao pousar no Aeroporto do Galeão, no Rio, mas pediu a agentes para colocar farda

atualizado

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Imagem coloria mostra militar preso em operação da PF por suposto plano de golpe - MEtrópoles
1 de 1 Imagem coloria mostra militar preso em operação da PF por suposto plano de golpe - MEtrópoles - Foto: Reprodução

Um dos militares presos por suposto envolvimento em um plano para decretar um golpe de Estado participou de audiência de custódia fardado. O tenete-coronel Hélio Ferreira Lima foi preso pela Polícia Federal (PF) em novembro, durante operação que mirou militares e um policial federal.

O tenete-coronel foi preso dentro de um avião, ao pousar no Aeroporto do Galão, no Rio de Janeiro. Como mostrou o Metrópoles, na coluna de Igor Gadelha, o militar pediu à PF para vestir sua farda do Exército, mas os agentes não permitiram.

Durante a audiência (imagem em destaque) de custódia realizada por juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, o militar negou irregularidades na conduta dos agentes durante a prisão: “Todos [os agentes da PF] foram profissionais”.

O advogado aproveitou a oitiva para pedir a tranferência de Hélio Ferreira para a cidade de Manaus, onde o tentente-coronel reside. Nesta segunda (2/12), Moraes acatou o pedido de dois outros militares e autorizou a transferência deles para Brasília.

Operação Contragolpe

Hélio, outros três militares e um policial federal foram presos no âmbito da Operação Contragolpe, deflagrada pela PF em 19 de novembro.

Os militares em questão são os “kids pretos”, unidade de elite do Exército Brasileiro do Comando de Operações Especiais (Copesp).

Na última semana, a PF concluiu as investigações sobre a trama golpista ocorrida nos últimos dias do governo de Jair Bolsonaro, em 2022, e decidiu pelo indiciamento de 37 envolvidos, entre os quais consta o próprio ex-presidente.

O texto final com o resultado das investigações foi enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR). Com isso, o procurador Paulo Gonet avaliará o material e decidirá se oferece denúncia.

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