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Ketamina: mãe de Djidja filmava filhos sob efeito de droga anestésica

Vídeos foram feitos na casa onde a ex-sinhazinha do boi Garantido foi encontrada morta. Mãe e irmão da vítima estão presos

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Família de Djidja, ex-sinhazinha do Boi Garantido, fala sobre a morte - Metrópoles
1 de 1 Família de Djidja, ex-sinhazinha do Boi Garantido, fala sobre a morte - Metrópoles - Foto: Instagram/Reprodução

A Polícia Civil do Amazonas investiga a morte de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do boi Garantido, suspeita de overdose de drogas. O corpo dela foi encontrado em uma residência em Manaus, onde também foram gravados vídeos dela e do irmão sob o efeito de ketamina, substância que era usada de forma contínua pela família.

Imagens obtidas pela Rede Amazônica, registradas por Cleusimar Cardoso, mãe de Djidja, mostram os filhos dela fazendo aplicações da droga por meio de seringas. Os vídeos foram incluídos na investigação do caso.

Veja o vídeo aqui.

Em trecho de um dos vídeos, Cleusimar mostrou Djidja paralisada diante do espelho de um banheiro. A mãe ainda tentou conversar com a filha enquanto a filmava. Já em outra gravação, a ex-sinhazinha aparece deitada e o irmão dela, Ademar Cardoso, estava à beira da cama, completamente paralisado. No mesmo vídeo, a mãe mostrou marcas de picadas nela e no filho, e exibiu um frasco da substância.

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Djidja Cardoso faz selfie no espelho
O que se sabe sobre a morte de Djidja, ex-sinhazinha do Boi Garantido
Mãe e irmão de Djidja Cardoso são presos em Manaus
Vaza suposto vídeo da mãe de Djidja Cardoso sob efeito de entorpecente
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O que se sabe sobre a morte de Djidja, ex-sinhazinha do Boi Garantido

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Uso contínuo de drogas

Em depoimentos à polícia, familiares informaram que Djidja, Ademar, e a mãe, Cleusimar, ficavam o tempo todo dentro de casa fazendo uso da droga. Os três já eram investigados há mais de um mês por envolvimento em um grupo religioso que forçava o uso da ketamina para alcançar uma falsa plenitude espiritual. A substância tem efeito anestésico, causando alucinações e sensação de bem-estar, quando usada de forma recreativa.

A mãe, o irmão e três funcionários da rede de salões de beleza da família estão presos preventivamente. A defesa diz que Cleusimar, Ademar e a funcionária Verônica da Costa, estão sofrendo com crises de abstinência dentro das unidades prisionais em que estão custodiados.

Outros familiares da ex-sinhazinha denunciaram à polícia que tentaram ajudá-la a obter tratamento contra a dependência química, mas foram impedidos pela mãe e pelo irmão dela.

Seita religiosa

A investigação aponta que a família de Djidja liderava a seita religiosa Pai, Mãe e Vida. Conforme a apuração, Verônica da Costa, gerente de um salão de beleza de Djidja, era a responsável por comprar a droga ilegalmente, sem receita médica. Ela tinha apoio de Marlisson Vasconcelos e Claudiele Santos, que também eram funcionários da família Cardoso. Os três (Verônica, Marlisson e Claudiele) também estão presos por ordem judicial.

A defesa da família Cardoso, no entanto, diz que não existia nenhuma prática de grupo religioso e que tudo não passavam de discursos feitos enquanto os suspeitos estavam sob efeito da droga.

“Não existia esse negócio de ritual e de que funcionários e amigos eram obrigados ou coagidos a usar a droga. Não existia isso. Eles ofereciam sob efeito de drogas, com aquele argumento, com aquela alegação da transcendência da evolução espiritual”, disse.

Segundo as investigações, o grupo era comandado pela mãe e pelo irmão de Djidja, que acreditavam ser Maria e Jesus Cristo, respectivamente. A ex-sinhazinha do Boi Garantido seria Maria Madalena. Para alcançar a evolução, eles usavam cetamina ou ketamina, um potente anestésico, que tem a venda proibida no Brasil.

Causa da morte

Segundo o documento preliminar do Instituto Médico Legal (IML), a ex-sinhazinha do Boi Garantido faleceu por conta de um edema cerebral, que afetou o funcionamento do coração e da respiração. A suspeita é de que o uso excessivo de ketamina tenha culminado na complicação.

O laudo aponta “depressão dos centros cardiorrespiratórios centrais bulbares; congestão e edema cerebral de causa indeterminada”, que é uma condição caracterizada pelo inchaço no cérebro. No entanto, o IML não explicou o que poderia ter desencadeado o problema.

O resultado final da necrópsia e o exame toxicológico deverão ser divulgados até o fim deste mês. As informações são do G1.

 

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