Sem tornozeleira, Wesley Batista terá de se apresentar toda semana
Um dos donos da JBS, empresário deixou a carceragem da PF em São Paulo nesta terça-feira (20): agora ficará em prisão domiciliar
atualizado
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O empresário Wesley Batista, um dos donos do grupo JBS, esteve nesta quarta-feira (21/2) na 6ª Vara Federal, em São Paulo, para uma audiência com o juiz Diego Paes Moreira. Ele foi solto na véspera, após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A audiência foi para apresentar a Wesley as medidas cautelares que ele terá que cumprir a partir de agora.
No final da audiência, Wesley pediu a palavra ao juiz para dizer que vai cumprir as medidas cautelares que lhe foram impostas pela Justiça. “Cumprirei rigorosamente todas elas com disciplina e rigor”, afirmou. O empresário também disse ao juiz que está “colaborando 100% e à disposição da Justiça no que me for solicitado”.Wesley chegou à sede da 6ª Vara por volta das 16h30, e entrou pela porta dos fundos. Na audiência, que pode ser acompanhada por jornalistas, o juiz determinou que Wesley terá que comparecer à Justiça semanalmente, até que se resolva a questão da tornozeleira eletrônica, em falta no estado de São Paulo. A Vara paulista vai solicitar o empréstimo de uma tornozeleira à Justiça do Paraná.
Na decisão desta terça (20), o STJ concedeu liberdade a Wesley e também a seu irmão, Joesley Batista, ambos presos preventivamente desde setembro do ano passado, por determinação da Justiça Federal em São Paulo. No entanto, Joesley continuará preso em função de outro mandado de prisão, expedido no ano passado pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Sem contato
Enquanto estiver em prisão domiciliar, em sua residência no Jardim Europa (SP), Wesley não poderá ter contato com o irmão nem voltar ao comando de suas empresas, conforme determinado na decisão do STJ. A Corte proibiu o empresário de “manter contato pessoal, telefônico ou virtual com outros réus [caso de Joesley], testemunhas ou pessoas que possam interferir na produção probatória” do processo no qual ele foi denunciado por insider trading – que é o uso de informação privilegiada para lucrar indevidamente no mercado de capitais.