Veja decisão de Moraes para ação contra Sérgio Reis e Otoni de Paula
Foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira (20/8), pela Polícia Federal, em seis estados e no Distrito Federal
atualizado
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A Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta sexta-feira (20/8), 13 mandados de busca e apreensão contra o cantor sertanejo Sérgio Reis, o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) e outros nove investigados.
As buscas foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes (foto em destaque).
A corporação apura “eventual cometimento do crime de incitar a população, por meio das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a democracia, o Estado de Direito e suas instituições, bem como contra os membros dos Poderes”.
Veja a íntegra da decisão:
INQ 4879 by Tacio Lorran Silva on Scribd
As ordens judiciais foram expedidas a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e são cumpridas nas seguintes unidades da Federação: Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Mato Grosso, Ceará e Paraná.
“Os investigados pretendem utilizar-se abusivamente dos direitos de reunião, greve e liberdade de expressão, para atentar contra a democracia, o Estado de Direito e suas instituições, ignorando a exigência constitucional das reuniões serem lícitas e pacíficas; inclusive atuando com ameaça de agressões físicas”, assinalou Moraes.
Sérgio Reis é investigado após anunciar, no último sábado (14/8), pelas redes sociais, que organiza uma manifestação, com o movimento dos caminhoneiros e agricultores, em favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A sede do protesto, segundo o artista, será Brasília.
Na postagem, Sérgio Reis fez ameaças à democracia e afirmou que a ideia do movimento é pedir uma ação dos militares junto ao presidente, para “salvar o país”, de acordo com o cantor.
A gravação se tornou alvo de críticas e investigações. Membros do Ministério Público Federal (MPF) pediram apuração sobre o caso. Por causa do áudio, o Metrópoles apurou que também foi aberto um inquérito no Departamento de Combate à Corrupção (Decor).