TSE: ministro questiona nome de candidatos com ficha suja em urnas
Para Admar Gonzaga, não convém que político inelegível tenha nome registrado e prossiga com campanha eleitoral
atualizado
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Em meio ao debate sobre a manutenção da candidatura presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado em segunda instância, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga questionou, nesta sexta-feira (11/5), a possibilidade de um candidato inelegível ter seu nome nas urnas eletrônicas e prosseguir fazendo campanha eleitoral durante o pleito.
Em seguida, o ministro foi interrompido pelo advogado Luiz Fernando Casagrande Pereira, responsável pela elaboração de um parecer jurídico que cita ser possível a manutenção e até a eleição de Lula no pleito de outubro.“Convém à democracia que uma pessoa sabidamente inelegível fique na urna, que ela prossiga a sua propaganda eleitoral? O Tribunal Superior Eleitoral tem um desafio”, declarou o ministro, durante debate sobre as eleições promovido pelo escritório Bonini Guedes na capital paulista. Ao fazer a declaração, Gonzaga não mencionou o ex-presidente Lula ou outro político.
“Acho que não convém à democracia”, afirmou o advogado. Conforme observou, porém, alguns políticos enquadrados na Lei da Ficha Limpa foram eleitos e tiveram sua inelegibilidade revertida após as eleições.
Gonzaga comentou, na sequência, que processos de políticos andam mais rápido na Justiça. “Algumas vezes, estão engavetados. É só o cara se apresentar como político que o processo começa a andar com uma realidade meteórica”, disse.
O ministro citou a possibilidade de a Justiça Eleitoral impugnar uma candidatura “de ofício”, ou seja, sem ser provocada pelo Ministério Público. Se houver um pedido, a questão se estende mais, afirmou.