TSE: Gilmar ironiza Herman e diz que relator usa argumento “falacioso”
O presidente da Corte interrompeu a fala do relator, que defendia a decisão de incluir no processo os depoimentos dos delatores da Lava Jato
atualizado
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Em menos de uma hora de sessão, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, e o relator das ações que pedem a cassação da chapa Dilma Rousseff/Michel Temer, Herman Benjamin, já protagonizaram um novo embate em plenário. O chefe da Corte interrompeu a fala do colega, que defendia a decisão de incluir no processo os depoimentos dos delatores da Operação Lava Jato.
Para o presidente da corte, esse argumento é “falacioso” e, daqui a pouco, o relator vai querer incluir a delação do grupo JBS ou “na semana que vem”, a delação do ex-ministro Antonio Palocci, que ainda sequer foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Só uma provocação”, disse.
Segundo ele, a lei permite ouvir testemunhas mesmo sem serem referidas por partes. Ele citou que isso está no artigo 370 do Código de Processo Civil, que diz que “caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito”. “Não se pode confundir imparcialidade com indiferença”, afirmou Herman.
O posicionamento do relator foi defendido pelo ministro Luiz Fux, que leu precedentes de outros julgamentos onde isso ocorreu.