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TRF3 nega habeas corpus dos irmãos Batista e defesa vai recorrer

Empresários foram alvo de mandados de prisão preventiva por suspeita de manipulação do mercado financeiro usando informações privilegiadas

atualizado

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Joesley Batista
1 de 1 Joesley Batista - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A juíza federal Tais Ferracini, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), negou nesta sexta-feira (15/9) habeas corpus aos irmãos Joesley e Wesley Batista. A magistrada está substituindo o desembargador federal Mauricio Kato, na 5ª Turma.

A defesa dos empresários informou que vai recorrer, ainda nesta tarde. Segundo o advogado da dupla, Pierpaolo Cruz Bottini, a própria decisão tomada em segunda instância reconhece a ausência de fato novo apto a justificar a prisão.

“A inexistência de qualquer outro preso preventivo no Brasil pela acusação de insider trading (uso de informações privilegiadas na negociação de valores) revela uma excepcionalidade no mínimo curiosa”, diz a defesa.

Os empresários foram alvo de mandados de prisão preventiva na Operação Acerto de Contas, segunda fase da Tendão de Aquiles, por suspeita de manipulação do mercado financeiro e da moeda americana usando informações privilegiadas de sua própria delação premiada na Procuradoria-Geral da República.

Joesley é alvo de dois mandados de prisão preventiva. No domingo (10), o empresário e o executivo Ricardo Saud, do Grupo J&F, foram presos temporariamente por ordem do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), por suspeita de violação de sua delação premiada. Nesta quinta-feira (14), o ministro decretou a preventiva dos executivos.

Wesley está preso na carceragem da Polícia Federal, em São Paulo, desde quarta-feira (13) e Joesley estava preso na carceragem da Polícia Federal, em Brasília. Nesta sexta, o empresário foi transferido para São Paulo, para audiência de custódia referente à Tendão de Aquiles.

Nessa operação, os irmãos são investigados pelo uso indevido de informações privilegiadas em transações no mercado financeiro ocorridas entre abril e 17 de maio de 2017, data da divulgação de informações relacionadas à delação premiada firmada pelos executivos e a Procuradoria-Geral da República. A especulação resultou em lucros milionários para os delatores, afirma a PF.

A defesa dos empresários havia protocolado na quinta-feira, no tribunal, em São Paulo, o pedido de soltura imediata. Os advogados dos executivos apontaram ilegalidade das prisões.

 

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