TRF-4 divulga esquema para que autoridades assistam julgamento de Lula
Políticos e desembargadores também terão de acompanhar o julgamento por um telão. Serão disponibilizadas 30 vagas
atualizado
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O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) divulgou, na noite desta quarta-feira (17/1), as regras de credenciamento para as autoridades que desejam acompanhar o julgamento do ex-presidente Lula, na próxima semana, na sede da Corte, em Porto Alegre (RS).
Assim como jornalistas, políticos e desembargadores também terão de assistir à sessão por meio de um telão. Na sala da 8ª Turma só será permitida a presença dos magistrados que vão analisar o caso e dos representantes das defesas e do Ministério Público Federal (MPF).
Serão disponibilizadas 30 vagas para as autoridades que quiserem acompanhar o julgamento. Caso haja mais interessados que o número estipulado, o TRF-4 vai usar os seguintes critérios de prioridade: líderes de partidos na Câmara e no Senado, chefes de poderes estaduais (governadores, presidentes de assembleias e presidente de tribunais estaduais) e presidentes de tribunais federais.Os interessados poderão realizar o credenciamento a partir desta quinta-feira (18/1), às 12h, pelo site do TRF-4. O período de inscrições se estende por 24 horas, até as 12h de sexta (19).
Restrições
Será proibido o acesso ou presença de assessores, segurança pessoais e/ou motoristas. Os veículos das autoridades terão de ficar estacionados em local a ser indicado pelas forças de segurança pública. O modelo e as placas do veículo também precisam ser informados.
Segundo a Corte, os motivos para as restrições são “limitações de espaço físico e questões de segurança”.
O julgamento está marcado para as 8h30 do próximo dia 24. Durante a sessão serão analisados recursos interpostos pelo Ministério Público Federal e pela defesa do ex-presidente Lula, condenado em primeira instância pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A acusação pede o aumento da pena e a defesa, a absolvição. O petista foi sentenciado pelo juiz Sérgio Moro em julho. Ele é acusado de beneficiar a construtora OAS em contratos com a Petrobras. Em troca, teria recebido um apartamento em Guarujá, no litoral de São Paulo, e a empresa teria pago um depósito para armazenar parte de seu acervo pessoal.