Toffoli: inquérito do STF descobriu “ameaças gravíssimas” a ministros
Segundo o presidente da Corte, após a abertura das investigações as agressões contra os integrantes do tribunal e familiares diminuíram
atualizado
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, afirmou que o inquérito aberto para apurar notícias falsas e ações contra a Corte descobriu ameaças “gravíssimas” contra os magistrados e cidadãos. As declarações foram feitas em entrevista ao programa Globo News, que vai ao ar na noite desta terça-feira (17/08/2019), e divulgadas pelo G1.
“Nós conseguimos, através desse inquérito, descobrir ameaças extremamente gravíssimas, que não vou entrar em detalhe, na deep web. Ameaças de uma gravidade excepcional…a ministros e a cidadãos também”, disse Toffoli.
Para o ministro, as ameaças diminuíram após a abertura do inquérito. “Então esse inquérito tem sido extremamente importante para atuar nessas investigações, para também mostrar que, desde a abertura do inquérito, os ataques que eram agressivos, ameaçadores, que extrapolavam liberdade de expressão e iam para a criminalidade, esses ataques diminuíram excepcionalmente”, avaliou.
Em março, por determinação de Toffoli, o inquérito foi criado para apurar condutas contra os ministros da Corte. As investigações também atingem ameaças feitas contra familiares dos magistrados.
Controvérsias
O presidente do Supremo abriu um inquérito criminal para apurar ameaças e notícias falsas contra a Corte e seus ministros. O ministro Alexandre de Moraes é o relator dessa ação. O problema é que ele não pediu o aval do Ministério Público Federal (MPF), normalmente o titular da ação penal, para determinar a abertura.
Após o anúncio, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, chegou a determinar o arquivamento das investigações. No entanto, Toffoli afirmou que, como chefe do Judiciário, tem poder para realizar esse tipo de procedimento.