metropoles.com

TJPR decide na segunda se afasta juíza que citou raça ao condenar negro

Inês Marchalek Zarpelon afirmou que o réu era “seguramente integrante do grupo criminoso, em razão da sua raça”

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
reprodução
A juíza Inês Marchalek Zarpelon, acusada de racismo após citar a raça ao condenar um homem à prisão
1 de 1 A juíza Inês Marchalek Zarpelon, acusada de racismo após citar a raça ao condenar um homem à prisão - Foto: reprodução

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) vai decidir nesta segunda-feira (28/9) se afasta a juíza Inês Marchalek Zarpelon, da 1ª Vara Criminal de Curitiba, que mencionou a raça de um réu negro ao condená-lo a 14 anos e 2 meses de prisão por furto.

A Corregedoria-Geral da Justiça informou ao Metrópoles que já encerrou a fase preliminar do procedimento administrativo aberto contra a juíza. A Presidência do TJPR foi comunicada da decisão da Corregedoria de levá-lo para análise do Órgão Especial do tribunal paranaense.

Eventual afastamento será decidido pelo OE, em sessão marcada para esta segunda-feira (28/9), com início às 13h30. “Caberá aos desembargadores integrantes do colegiado decidirem sobre abertura ou não de processo administrativo disciplinar”, prosseguiu.

Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), existem três processos em andamento sobre o caso, apensados ao pedido de providências aberto pelo então corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, atual presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Em 18 de agosto, o ministro concedeu um prazo de 30 dias para que a Corregedoria do Tribunal de Justiça do Paraná concluísse apuração dos fatos e encaminhasse as conclusões à Corregedoria. “O material já foi enviado e os autos estão conclusos para nova decisão”, explicou.

Na sentença, a juíza Inês Marchalek Zarpelon afirmou que o réu era “seguramente integrante do grupo criminoso, em razão da sua raça”. O caso veio à tona em agosto deste ano, após a advogada do condenado, Thayse Pozzobon, acusar a juíza de ter proferido uma sentença de cunho racista.

O Metrópoles revelou que antes disso, a juíza foi alvo de uma reclamação disciplinar por abuso de autoridade. A magistrada teria autorizado, em 2012, a interceptação do telefone de um advogado para supostamente encontrar um foragido suspeito de mandar matar a própria mulher.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?