Temer solicita áudios da JBS ao ministro Fachin
A defesa de Temer defende a liberação rápida do material para a análise do inteiro teor
atualizado
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Um dia depois de a Procuradoria-Geral da República admitir a possibilidade de rescindir o acordo de colaboração premiada de executivos da JBS, a defesa do presidente Michel Temer pediu ao STF acesso a todos os áudios relacionados à JBS.
Em outra frente, enviou um novo recurso contra a decisão do ministro Edson Fachin de rejeitar o pedido de suspeição contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
A defesa de Temer – assim como os aliados do presidente – defende a liberação rápida do material para a análise do inteiro teor.
Segundo um auxiliar de Temer ouvido pela reportagem, o momento pede prudência, equilíbrio e responsabilidade para o presidente
Após a análise dos áudios a defesa poderá trabalhar em cima de novas críticas ao acordo de colaboração da JBS e também para desqualificar a denúncia que ainda deve ser enviada pela PGR contra o presidente Temer.
Em relação ao pedido de suspeição de Janot, a defesa de Temer simplesmente ratificou o conteúdo do recurso que já havia enviado sexta-feira (1º/9), ao Supremo. O motivo do reenvio, segundo a peça encaminhada pelos advogados do presidente, é o fato de que só nesta segunda-feira (4), foi publicada no diário de justiça do Supremo a decisão monocrática do ministro Edson Fachin rejeitando o pedido feito por Temer contra Janot.
No recurso, agora ratificado, a defesa do presidente pede que uma eventual nova denúncia oferecida contra o presidente seja suspensa até a Corte analisar um pedido de suspeição formulado contra Janot.
A defesa do presidente argumenta que o procurador-geral da República coloca “todas as suas energias e capacidade a serviço da causa única e pessoal de destituir o presidente da República, mais um demonstrativo de sua inimizade”
Os advogados criminalistas Antônio Cláudio Mariz de Oliveira e Jorge Urbani Salomão, contratados pelo Presidente da República, também afirmam que as prerrogativas do cargo não autorizam Janot a sair “atirando flechas na direção” de Temer, em alusão a uma recente declaração de Janot, de que “enquanto houver bambu lá vai flecha”.