Tacla Duran acusa MPF de desobedecer STF e pede adiamento de audiência
Advogado Tacla Duran afirma que Ministério Público Federal fez acordo não oficial com promotoria da Espanha, país onde mora
atualizado
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O advogado Rodrigo Tacla Duran requereu, nesta terça-feira (18/4), à 13ª Vara Federal de Curitiba que adie o depoimento que estava previsto para essa semana ao juiz Eduardo Appio, que cuida dos casos remanescentes da Operação Lava Jato.
O réu, que mora na Espanha, argumenta que as autoridades daquele país não providenciaram os trâmites para que ele tenha salvo conduto e outras garantias previstas em tratado internacional para que ele não seja preso ao desembarcar no Brasil. As informações são do Uol.
No documento, Tacla Duran afirma que o Ministério Público Federal (MPF) interferiu ilegalmente com contatos não oficiais com a procuradoria espanhola, o que descumpriria determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido de garantias teria sido feito pelo Ministério da Justiça do Brasil a autoridades equivalentes na Espanha em 10 de abril, mas até agora não foi atendido.
Inicialmente, a audiência de Tacla Duran estava marcada para a semana passada. Depois, a intenção do juiz Appio era remarcar o depoimento para esta semana, que agora deve ser adiado.
Tacla Duran afirmou à Justiça Federal foi alvo de crimes de extorsão praticada pelos antigos membros da Lava Jato, o então juiz Sergio Moro e o então procurador e coordenador da força-tarefa da operação Deltan Dallagnol, atualmente senador e deputado, respectivamente.
Apontado como um dos operadores das offshores criadas pelo “departamento de propina da Odebrecht”, Tacla Duran teria recebido R$ 36 milhões de empreiteiras investigadas na Lava Jato, entre elas, a UTC, Mendes Júnior e EIT.