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STM diz que ação contra Alexandre de Moraes é inconstitucional

Ministro do Superior Tribunal Militar (STM) entendeu que Corte não tem competência para julgar ministros do STF

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Alexandre de moraes sorri durante sessão no Senado federal
1 de 1 Alexandre de moraes sorri durante sessão no Senado federal - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ministro do Superior Tribunal Militar (STM), almirante de esquadra Cláudio Portugal Viveiros, entendeu ser inconstitucional o pedido de habeas corpus feito na Corte contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes. O Metrópoles teve acesso à decisão em primeira mão.

O magistrado afirmou que o STM não tem competência para julgar autoridades da Suprema Corte do país.

O pedido de habeas corpus foi feito pelo bolsonarista extremista Wilson Issao Koressawa, advogado e ex-juiz. Ele requereu a emissão de salvo conduta a manifestantes (documento emitido por autoridades de um Estado que permite a seu portador transitar por um determinado território) e que o tribunal militar proíba Moraes de determinar prisões e de multar veículos.

Koressawa é figurinha carimbada no tribunal militar. Na última semana, o bolsonarista também entrou com demandas no STM e, inclusive, pediu a prisão de Moraes. O pedido de prisão ainda não foi julgado, mas a decisão de Viveiros, neste caso específico, já mostra um indicativo de como o tribunal vai tratar os pedidos feito pelo extremista.

Bolsonaristas chegaram a fazer manifestações em frente ao STM, em Brasília, contra o resultado das eleições.

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O STM é a corte máxima da Justiça Militar
Apoiadores discursaram e cantaram o Hino Nacional
Um dos apoiadores sugere impedir Lula de tomar posse
Aos apoiadores Bolsonaro quebrou o silêncio nesta sexta-feira (9/12)
O mandatário afirmou que o destino das Forças Armadas será decidido pelos manifestantes
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Apoiadores se concentraram em frente ao STM

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O mandatário afirmou que o destino das Forças Armadas será decidido pelos manifestantes

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Koressawa argumentou que supostos crimes contra a segurança nacional praticados por ministros do STF são de competência do STM. Alegou também irregularidades no processo eleitoral, o que teria causado uma “desordem pública” no país.

“A competência da Justiça Militar da União limita-se ao julgamento de crimes militares definidos em lei”, sintetizou Viveiros.

O magistrado explicou que potenciais crimes cometidos por ministros da Suprema Corte devem ser julgados, na verdade, pelo Senado Federal, como determina a Carta Magna.

“Assim, ante expressa previsão constitucional, não cabe a este Superior Tribunal Militar processar e julgar as mencionadas autoridades, impondo-lhes qualquer sanção, independente do delito praticado. Ademais, ao contrário do que alega o Paciente, também não cabe a esta Egrégia Corte o julgamento de pretensos delitos previstos na antiga Lei de Segurança Nacional, entendimento este que tem sido adotado há muito por este Tribuna”, acrescentou.

Com a decisão de Viveiros, o processo foi arquivado. Koressawa, contudo, interpôs um advogado, o que pode levar a ação para o plenário da Corte militar.

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