STJ confirma bloqueio de bens de Sérgio Cabral e da empresa Michelin
Ao todo, foram congelados R$ 1,028 bilhão. A solicitação foi feita inicialmente pelo Ministério Público do Rio
atualizado
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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) atendeu pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e determinou o bloqueio de R$ 1,028 bilhão em bens do ex-governador carioca Sérgio Cabral e de outras cinco pessoas, além da empresa francesa Michelin, de fabricação e comercialização de pneus. Na decisão, o ministro Benedito Gonçalves indeferiu pedido de tutela provisória no qual a Michelin requeria a concessão de efeito suspensivo a seu recurso especial.
Na decisão, Benedito Gonçalves escreveu: “não se verifica, em tese, a presença da fumaça do bom direito, requisito necessário à concessão da medida extrema”. Ao negar o efeito suspensivo, o STJ mantém o teor do acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, que confirmou decisão da 14ª Vara de Fazenda Pública, em novembro de 2016, sobre o bloqueio dos bens de Cabral e dos outros réus em ação civil pública ajuizada pelo MPRJ.
De acordo com o MPRJ, os benefícios fiscais foram concedidos à Michelin a partir de 2010. Eles adiavam, sem prazo determinado, o recolhimento do imposto para a aquisição de maquinário da ampliação da fábrica da empresa em Itatiaia, região sul do estado. O valor dos bens bloqueados pela Justiça é o mesmo dos benefícios concedidos à companhia.
Em nota, a Michelin informou que tem como seus pilares ética e transparência, “mantém sua posição perante à Justiça do Rio e irá recorrer da decisão proferida pelo STJ”.