STJ arquiva inquérito contra Fernando Pimentel na Operação Acrônimo
Deflagrada pela PF em 2015, a investigação trata sobre esquema de lavagem de dinheiro para campanhas eleitorais no governo Dilma Rousseff
atualizado
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O ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou nesta quinta-feira (10/5) o arquivamento de um dos inquéritos contra o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), decorrentes da Operação Acrônimo.
Ao tomar a decisão, o ministro atendeu pedido do Ministério Público Federal, que alegou falta de indícios da participação do governador para pedir o arquivamento do inquérito. Além de excluir Pimentel, Herman Benjamin determinou o envio dos autos à Justiça Eleitoral para que sejam tomadas providências em relação a outros investigados sem prerrogativa de foro.O inquérito 1103 apura fraudes em licitações nos ministérios da Cultura e da Saúde por meio da Gráfica Brasil, pertencente ao enpresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, apontado como operador de Pimentel em campanhas eleitorais.
O esquema
Deflagrada pela Polícia Federal em maio de 2015, a Operação Acrônimo investiga um esquema de lavagem de dinheiro para campanhas eleitorais proveniente de empresas que teriam recebido direta ou indiretamente recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no período no qual Pimentel era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio no governo Dilma Rousseff.
O governador de Minas é investigado em outros inquéritos da Acrônimo. Em um deles, Pimentel é réu, sob acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por ter supostamente recebido R$ 15 milhões da empreiteira Odebrecht em troca de beneficiar obras da empresa na Argentina.