STJ aceita denúncia, Witzel vira réu e ficará mais um ano afastado
A Corte Especial do tribunal também decidiu manter o afastamento do político do cargo de governador do RJ, que se encerraria neste mês
atualizado
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A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu aceitar, nesta quinta-feira (11/2), por unanimidade, a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. A medida foi tomada no âmbito da Operação Tris in Idem.
Com isso, o político foi parar no banco dos réus por corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.
Na mesma sessão, os ministros renovaram o afastamento do cargo, que se encerraria no fim deste mês, por mais um ano. O governador também está afastado por determinação do Tribunal Especial Misto que conduz o processo de impeachment.
Entenda
No fim de agosto do ano passado, na ocasião da Operação Tris in Idem, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o então governador e mais oito pessoas em razão de pagamentos feitos por empresas ligadas a Mário Peixoto, preso na Lava Jato, à família do ex-prefeito de Volta Redonda Gothardo Lopes Netto, e ao escritório de advocacia da primeira-dama Helena Witzel.
A suspeita é a de que a banca tenha sido usada para lavar pelo menos R$ 554 mil em propinas supostamente pagas em troca do direcionamento de contratações.
O sinal de alerta veio quando Witzel revogou a desqualificação da organização social Instituto Unir Saúde, suspeita de irregularidades em contratos firmados com a Secretaria de Saúde fluminense.
O despacho do governador afastado, assinado em março do ano passado, derrubou uma resolução administrativa e permitiu que a OS pudesse voltar a contratar com o poder público – embora tivesse sido excluída do rol de prestadoras aptas em razão de irregularidades na prestação de serviços em ocasiões anteriores.