Maioria no STF vota a favor de Fachin como relator no caso JBS
Até o momento, 10 dos 11 ministros já votaram pela permanência de Fachin. A sessão será retomada nesta quinta-feira (29/6)
atualizado
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A sessão no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a relatoria de Fachin no caso das delações da JBS foi suspensa nesta quarta-feira (28/6) pela presidente Cármen Lúcia. Até o momento 10 dos 11 ministros já votaram pela permanência de Fachin.
A votação foi reiniciada com o ministro Gilmar Mendes, que se posicionou a favor da relatoria de Fachin, no entanto, criticou duramente as delações e defendeu que o Supremo possa revisar os depoimentos. O ministro Marco Aurélio votou acompanhando os colegas, sendo positivo à Fachin. O ministro Celso de Mello foi o penúltimo a votar. Em seguida, a presidente da Corte, Cármen Lúcia, decidiu continuar a chancela na quinta (29).
A sessão foi interrompida na semana passada, quando se formou a maioria de 7 votos a favor da homologação e manutenção do ministro Edson Fachin na relatoria dos processos oriundos dos depoimentos.
Gilmar Mendes foi o único da Corte a dizer que a homologação das delações deve ser apreciada por todo o colegiado, e não só pelo relator.
Ele também fez críticas à Procuradoria-Geral da República. Gilmar afirmou que o STF “tem dever de lealdade com a Constituição, e não com a Procuradoria”. O magistrado também não poupou criticas à condução das investigações da Operação Lava Jato. Disse que se criou um “direito penal de Curitiba”, que tem impossibilitado o controle de legalidade de diversas práticas adotadas pela força-tarefa, segundo ele.
O ministro condenou o acordo de colaboração premiada firmado entre a PGR com os irmãos Joesley e Wesley Batista e executivos da holding, que inclui a JBS. “O Ministério Público acaba de isentar os delatores de responderem a processo. Que tipo de investigação usará para provar o contrário? Repito, como se pretende avaliar se Joesley é líder da organização criminosa?”, questionou.