metropoles.com

STF retoma julgamento sobre redução de salário e jornada de servidores

Na Corte desde 2000, o caso começou a ser analisado na quarta e continua nesta quinta. Trata-se de ações que questionam artigos da LRF

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Nelson Jr./SCO/STF (
Supremo
1 de 1 Supremo - Foto: Nelson Jr./SCO/STF (

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma, nesta quinta-feira (22/08/2019), o julgamento do conjunto de ações que questionam artigos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Entre os principais, está o dispositivo que permite estados e municípios a reduzir a carga horária e os salários dos servidores em caso de crise fiscal. Após quase 18 anos de espera, a Corte incluiu, nessa quarta-feira (21/08/2019), o tema na pauta. Na sessão, os ministros analisaram alguns pontos, mas a apreciação foi adiada.

A expectativa é de que, na sessão desta quinta-feira (22/08/2019), os ministros continuem a julgar as ações. Na análise dessa quarta, o ministro relator da questão, Alexandre de Moraes, decidiu fatiar o caso – de artigo por artigo. Na ocasião, os magistrados declararam constitucionais 14 dispositivos que foram questionados na Justiça. Mas a principal discussão ficou em torno da possibilidade de o Executivo reduzir repasses ao Legislativo, Judiciário e Ministério Público quando houver necessidade de diminuir despesas. A Corte ficou dividida.

Ao analisar o parágrafo 3º do artigo 9º, o relator votou pela procedência da ação. Ou seja, considerou inconstitucional o item que permite ao Executivo limitar valores dos poderes e do MP quando estes não cumprirem as regras da LRF. Os ministros Rosa Weber, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski o acompanharam.

Em contrapartida, Dias Toffoli votou pela improcedência da ação, para permitir que o Executivo diminua os repasses. Os ministros Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes e Marco Aurélio acompanharam o entendimento do presidente da Corte. A análise desse item foi suspensa devido à ausência de Celso de Mello e Luiz Fux – que ficaram responsáveis pela decisão.

Entenda
Em tese, os ministros avaliam ações diretas de constitucionalidade (ADIs) que discutem os limites de gastos com pagamentos de pessoal impostos pela LRF. O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes.

Atualmente, os limites de despesas com funcionários são detalhados na lei. Na União, esse gasto não pode ultrapassar 50% da receita. Já nos estados e municípios, o índice é 60%. Com a mudança, as unidades da Federação podem reduzir em até 25% os salários e as cargas horárias.

Quase 20 anos de polêmica
O imbróglio envolvendo as jornadas e os salários é alvo de debates desde a aprovação da LRF, em 2000, ainda na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que sancionou a legislação naquele ano. À época, partidos de oposição ao governo recorreram ao STF para cancelar a possibilidade.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?