STF rejeita recurso e Eduardo Cunha continua réu na Lava Jato
O relator do caso, ministro Teori Zavascki, apontou “mero inconformismo” da defesa de Cunha na decisão do Supremo de fazê-lo responder a processo por suspeita de receber propina
atualizado
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O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou nesta quinta-feira (2/6), por unanimidade, o recurso apresentado pelo presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para tentar reverter a decisão da Corte de transformá-lo em réu na Operação Lava Jato.
O relator do caso, ministro Teori Zavascki, apontou “mero inconformismo” da defesa de Cunha na decisão do Supremo de fazê-lo responder a processo por suspeita de receber propina em contratos de compras de navios-sonda da Petrobras. O ministro também afirmou não haver dúvida sobre o julgamento do caso pela Corte.
Para os advogados de Cunha, havia “obscuridade” na decisão tomada em março pelo Supremo de aceitar a denúncia de que o peemedebista cometeu crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, por seu suposto envolvimento no esquema de desvios na Petrobras. Já a defesa de Solange argumentava não haver, nem na denúncia nem no acórdão publicado pelo STF, qualquer indício de que ela tenha recebido “vantagem indevida”.
O fato de Cunha ser réu na Lava Jato foi um dos argumentos usados pelos ministros do STF para determinar, em maio, o afastamento do peemedebista do mandato e do comando da Câmara. Na avaliação dos ministros, a condição seria incompatível com o fato de estar na linha sucessória da presidência da República. Na ocasião, os magistrados também argumentaram que Cunha usava o cargo para impedir os avanços das investigações contra ele, tanto na Justiça como no Conselho de Ética da Câmara.