STF recebe denúncia, e deputado Adilton Sachetti (PSB -MT) vira réu
Segundo o MP, o parlamentar, quando era prefeito, teria alienado imóveis municipais para beneficiar empresas das quais era sócio
atualizado
Compartilhar notícia
A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) acolheu por unanimidade, nesta terça-feira (20/3), denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado federal Adilton Sachetti (PSB-MT). Ele agora é réu por crime de responsabilidade.
Pesa contra o parlamentar – que assumiu mandato na Câmara dos Deputados em março de 2016 – acusação de transferência irregular de lotes do Distrito Industrial de Rondonópolis (MT) quando foi prefeito daquele município, entre 2005 e 2008.
Consta na ação que, no exercício do cargo de prefeito, Sachetti e outros corréus teriam alienado bens imóveis municipais em desacordo com a lei, apropriando-se deles a fim de beneficiar indevidamente as empresas Sachet & Fagundes Ltda. e Agropecurária B&Q S.A., ligadas à família do político.Logo após sustentação oral da defesa, na sessão desta terça, o ministro relator Luiz Fux leu seu voto, no qual considerou haver “elementos probatórios suficientes” para a abertura da ação penal. Ele foi acompanhado, sem maiores comentários, pelos demais magistrados da Turma: Alexandre de Moraes, Roberto Barroso, Rosa Weber e Marco Aurélio.
O político de Mato Grosso é o quarto parlamentar a passar à condição de réu, neste ano, em julgamentos da 1ª Turma do STF. Os outros foram: o deputado Luiz Nishimori (PP-PR), por peculato e lavagem de dinheiro; o senador Romero Jucá (PMDB-RR), por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; e o senador Wellington Fagundes (PR-MT), pelos mesmos crimes. (Com informações do STF)