STF nega habeas corpus e ex-senador Gim Argello continua preso
Decisão do ministro Teori Zavascki mantém Gim Argello na carceragem da Polícia Federal em Curitiba
atualizado
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, responsável pela Operação Lava Jato na mais alta Corte do país, negou habeas corpus pedido pela defesa do ex-senador Gim Argello (PTB-DF). A decisão foi tomada no último dia 10 e anexada aos autos do processo na sexta-feira (12/8). Dessa forma, Gim continuará preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba.
Após a defesa de Argello entrar com o pedido, o juiz federal Sérgio Moro encaminhou uma manifestação ao STF defendendo que Gim permanecesse preso. Moro alegou, na época, que a “medida mais drástica é necessária para prevenir reiteração da prática de crimes contra a administração pública em um contexto de corrupção sistêmica”.
Além disso, o juiz paranaense afirmou que, com Gim fora da cadeia, seria mais fácil para ele ocultar seu patrimônio da Justiça, dificultando a recuperação dos valores associados aos crimes que levaram o ex-senador à cadeia.
Gim está preso desde 12 de abril, como parte da 28ª fase da Operação Lava Jato, chamada de Vitória de Pirro. Ele é acusado de achacar empresários para não serem chamados a depor durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou contratos da Petrobras. Ele era o vice-presidente da comissão na época.Procurada, a defesa de Gim informou que a decisão era esperada. Segundo o advogado Marcelo Bessa, que representa o ex-senador, “já havia indicação de que o STF não julgaria habeas corpus antes que e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) fizesse a sua avaliação”.