STF não tem previsão de levar ao plenário autorização de missa e culto
Enquanto não for julgada pelos demais magistrados, a decisão do ministro Nunes Marques permanece válida. Prefeitos podem recorrer
atualizado
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O Supremo Tribunal Federal (STF) não tem previsão de quando será levada ao plenário da Corte a decisão do ministro Kassio Nunes Marques, que liberou a realização de cultos e missas presenciais em todo país. A informação foi confirmada ao Metrópoles pela assessoria de imprensa do STF.
Enquanto a decisão de Nunes Marques não for apreciada pelos demais ministros, ela seguirá válida. Há, porém, a possibilidade de que prefeitos ingressem com recursos contra a decisão, para a análise de outros ministros da Corte.
A medida de suspensão das cerimônias religiosas, em pleno feriado de Páscoa, foi adotada por municípios para mitigar os riscos de contágio pelo novo coronavírus.
A decisão
Nunes Marques liberou, no fim da tarde de sábado (3/4), missas e cultos em todo o país. Na decisão, Marques determinou que sejam aplicados protocolos de segurança sanitária nos espaços religiosos.
A presença nas celebrações deve ser de, no máximo, 25% da capacidade do público.
“Reconheço que o momento é de cautela, ante o contexto pandêmico que vivenciamos. Ainda assim, e justamente por vivermos em momentos tão difíceis, mais se faz necessário reconhecer a essencialidade da atividade religiosa, responsável, entre outras funções, por conferir acolhimento e conforto espiritual”, escreveu o ministro, indicado ao cargo pelo presidente Jair Bolsonaro, no despacho.
“Estamos em plena Semana Santa, a qual, aos cristãos de um modo geral, representa um momento de singular importância para as celebrações de suas crenças — vale ressaltar que, segundo o IBGE, mais de 80% dos brasileiros declararam-se cristãos no Censo de 2010.”
Na decisão, ministro ainda detalha que as igrejas devem adotar medidas para que ocorra o distanciamento social nas cerimônias.
Entre essas medidas, estão a ocupação de forma espaçada entre os assentos e o modo alternado entre as fileiras de cadeiras ou bancos.
Outro ponto mencionado é a obrigatoriedade de uso de máscaras, disponibilização de álcool em todas as igrejas e aferição de temperatura, antes que o público entre nos templos.
Leia a íntegra:
Decisão Nunes Marques by Metropoles on Scribd