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STF envia investigação contra dirigentes da CBF para Justiça do Rio

Ente os crimes apurados na CPI do Futebol estão evasão de divisas, estelionato, falsidade ideológica e crimes contra o sistema financeiro

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Rafael Ribeiro / CBF
Coletiva Marco Polo Del Nero
1 de 1 Coletiva Marco Polo Del Nero - Foto: Rafael Ribeiro / CBF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello decidiu nesta quinta-feira (26/4) enviar à Justiça Federal do Rio de Janeiro uma investigação que tramita na Corte para apurar crimes supostamente cometidos por dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e outras pessoas ligadas ao grupo, incluindo o presidente afastado Marco Polo Del Nero, bem como os ex-presidentes Ricardo Teixeira e José Maria Marin.

O ministro manteve no STF apenas a parte referente ao deputado federal Marcus Vicente (PP-ES), que é vice-presidente da entidade. A investigação foi iniciada originalmente na Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros da Superintendência Regional da Polícia Federal no Estado do Rio de Janeiro, para apurar os supostos crimes de evasão de divisas, estelionato, falsidade ideológica e crimes contra o sistema financeiro nacional.

Os indícios iniciais foram apontados no relatório alternativo da CPI do Futebol 2015, de autoria dos senadores Romário (Podemos-RJ) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e abrangeriam a CBF e o Comitê Organizador Local da Copa do Mundo do Brasil (COL).

Além de Del Nero e dos ex-presidentes Marin e Teixeira, também são alvos o vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Gustavo Dantas Feijó, o diretor jurídico Carlos Eugênio Lopes, o ex-dirigente Antônio Osório Ribeiro Lopes da Costa e os empresários José Hawilla e Kleber Fonseca de Souza Leite. A única parte que seguirá em investigação no Supremo é a que se refere ao deputado federal Marcos Vicente. O pedido de envio à Justiça Federal do Rio de Janeiro partiu da Procuradoria-Geral da República.

Marco Polo Del Nero está atualmente afastado da presidência da CBF. A Fifa deve dar um parecer nos próximos dias, esclarecendo se ele poderá continuar ou não como presidente da confederação. Se ele não for banido, poderá voltar para o cargo e ficar até abril do ano que vem.

O presidente interino é o coronel Antonio Nunes, um dos vice-presidentes da instituição. Neste mês, o dirigente Rogério Cabloco, ligado a Del Nero, foi eleito presidente para assumir o próximo quadriênio, que começa em abril de 2019.

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