metropoles.com

STF e 2ª instância: Por que Cunha e Cabral continuarão presos

Corte decidiu na quinta (07/11/2019) que condenados agora só podem ser presos após o trânsito em julgado; entenda os casos de Cunha e Cabral

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
GIULIANO GOMES/PR PRESS
EX-GOVERNADOR DO RIO É TRANSFERIDO PARA PRESÍDIO EM CURITIBA
1 de 1 EX-GOVERNADOR DO RIO É TRANSFERIDO PARA PRESÍDIO EM CURITIBA - Foto: GIULIANO GOMES/PR PRESS

Apesar de presos notórios da Operação Lava Jato, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-ministro José Dirceu, poderem ser beneficiados pela decisão do Supremo Tribunal Federal de derrubar a prisão após condenação em 2ª instância, nem todos poderão sair.

O STF mudou de entendimento e decidiu na quinta (07/11/2019) que condenados agora só podem ser presos após o trânsito em julgado – ou seja, quando não há mais possibilidades de recurso. Este entendimento abrange os presos que tiveram antecipação da pena, mas não poderão abrir caminho para a soltura dos que estão em prisão temporária ou preventiva.

É o caso do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB). Apesar de ter sido condenado em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), ele cumpre prisão preventiva desde outubro de 2016 por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Assim como a de Lula, a prisão de Cunha também foi decretada pelo ex-juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de Jair Bolsonaro.

O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB) está em situação parecida à do ex-presidente da Câmara. Preso desde novembro de 2016, no ano passado, ele passou a cumprir pena em 2ª instância. Moro decretou a prisão do do emedebista para execução provisória da pena em setembro, em substituição à prisão preventiva decretada dois anos antes. Ele foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A mudança de entendimento do Supremo sobre as prisões após condenação em 2ª instância não impede que juízes decretem prisões preventivas em casos excepcionais, como ameaça à ordem pública ou ao aprofundamento das investigações. Se deixar a prisão, Lula, portanto, poderia voltar à cadeia se tiver uma prisão preventiva decretada.

Compartilhar notícia

Todos os direitos reservados

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?