metropoles.com

STF deve julgar nesta quarta (21/6) proibição a cigarro com sabor

Resolução da Anvisa de 2012 proibiu aditivos na mercadoria e estipulou prazo de 18 meses para adaptação das empresas. Medida jamais vigorou

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Felipe Menezes/Metrópoles
cigarro
1 de 1 cigarro - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

O Supremo Tribunal Federal (STF) tem na pauta a discussão sobre a proibição de inclusão de sabores em cigarros. Resolução da Anvisa de 2012 proibiu essa prática e estipulou prazo de 18 meses para que a indústria tabagista se adaptasse. Mas a medida jamais vigorou. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) questiona a constitucionalidade da resolução, suspensa por liminar em 2013.

Relatório da ONG ACT Proteção à Saúde mostra que houve aumento de 1.900% nos registros de cigarro com sabores feitos pelos fabricantes à Anvisa, entre 2012 e 2016 — de quatro para 80.

Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação. Em 2012 e 2013, anos em que a situação estava incerta para a indústria, por causa da resolução da Anvisa, o órgão recebeu quatro e cinco registros, respectivamente. Nos anos seguintes, esse número passou para 67, em 2014, e 87, em 2015. No ano passado, foi de 80.

“Tabagismo é doença pediátrica: 80% dos fumantes começam a fumar antes dos 18 anos. A Pesquisa Nacional de Saúde mostrou que 20% começam antes dos 15 anos. E pesquisa da Fiocruz, com estudantes entre 13 e 15 anos, mostrou que 60% deles preferem cigarro com sabor”, alerta a secretária executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco, Tânia Cavalcante.

Médica do Instituto Nacional de Câncer, ela acrescenta que “essa demora no julgamento causa impacto à saúde pública”. “Enquanto não se julga, não se define a proibição dos aditivos, as crianças fumam cigarro com sabor e entram nessa rota de dependência química.”

Indústria
Já a CNI questiona dois dispositivos da lei federal que criou a Anvisa: o que trata da competência para estabelecer normas e executar políticas de vigilância sanitária e o que trata da proibição de fabricação e importação de produtos que representem riscos à saúde. Em nota, a Confederação informou que espera, com o julgamento, “uma definição clara e precisa, por parte do STF, dos limites da Anvisa”.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?