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STF: Cerveró deverá devolver cerca de R$ 17 milhões à Petrobrás

O ex-diretor da estatal devolverá R$ 11,4 milhões, 1 milhão de libras esterlinas mantidos em contas no Reino Unido e US$ 495.794 do Bahamas

atualizado

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09 – Cerveró
1 de 1 09 – Cerveró - Foto: ISTOÉ/Reprodução

O ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, determinou que todo o dinheiro que o ex-diretor da área internacional da Petrobrás Nestor Cerveró devolver aos cofres públicos será integralmente repassado à empresa. A quantia é de cerca de R$ 17 milhões.

Inicialmente, o acordo de delação premiada de Cerveró, firmado com a Procuradoria-Geral da República, previa que 80% do dinheiro fosse destinado à Petrobrás e 20%, à União. Teori disse, porém, que, considerando os prejuízos causados à empresa em virtude do esquema de corrupção investigado pela Lava Jato, não há “justificativa legal” para limitar a 80% o valor da reparação à Petrobrás.

Na decisão tomada na quinta-feira passada, o ministro argumenta que, pelo fato de a Petrobrás ser uma empresa de economia mista, ou seja, que tem tanto capital privado quanto público, eventuais prejuízos sofridos por ela “afetariam apenas indiretamente a União, na condição de acionista majoritária da Sociedade de Economia Mista”. “Como a Petrobrás é o sujeito passivo dos crimes em tese perpetrados por Nestor Cuñat Cerveró e pela suposta organização criminosa que integrava, o produto do crime repatriado deve ser direcionado à sociedade de economia mista lesada.”

Montante
Cerveró – que cumpre pena em prisão domiciliar e foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro – deverá devolver à Petrobrás R$ 11.425.000, mais 1 milhão de libras esterlinas mantidos em contas no Reino Unido e US$ 495.794 depositados em uma conta nas Bahamas. O montante totaliza cerca de R$ 16 milhões, conforme valores convertidos pela taxa de câmbio do Banco Central.

Até o fechamento desta reportagem, a Petrobrás não havia se manifestado sobre a decisão do ministro do Supremo.

Em junho, Teori tomou decisão semelhante em relação ao acordo firmado com o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa. O ministro determinou que os R$ 79 milhões que foram repatriados fossem destinados à Petrobrás.

Na ocasião, Teori também não atendeu a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que defendia a divisão do montante entre a empresa e a União. O ministro considerou que a estatal estava “na condição de vítima”.

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