Sócio de Zanin diz que tem comprovação dos serviços prestados à Fecomércio
Avogado Roberto Teixeira também foi alvo da operação que fez buscas em escritórios de advocacia para apurar esquema de desvios do Sistema S
atualizado
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Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira (9/9), o advogado Roberto Teixeira, sócio de Cristiano Zanin, compadre e também defensor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, informou que todos os serviços prestados por ele à Fecomércio foram comprovados. Ele foi um dos alvos de busca da operação E$quema S, determinada pelo juiz Marcelo Bretas, da Lava Jato, no Rio de Janeiro. Teixeira classificou a operação de “agressiva”.
“A agressiva operação deflagrada hoje de autorizar a invasão da minha casa é mais uma das arbitrariedades e retaliações contra minha atuação profissional. As acusações lançadas pelo Ministério Público ignoram – e desrespeitam cruelmente – toda minha trajetória jurídica, em um caminho pautado pelo estudo, dedicação, combatividade, ética e probidade, em 50 anos servindo e honrando a justiça e a advocacia”.
“Todos os serviços prestados à Fecomércio estão devidamente comprovados e documentados e os pagamentos correspondentes foram todos realizados na forma da lei. É lamentável testemunhar tamanha infração aos princípios basilares do estado democrático de direito”, considerou o advogado.
Sistema S
A operação, um desdobramento da Lava Jato, cumpriu mandados de busca e apreensão em escritórios de advocacia que teriam sido usados para desviar cerca de R$ 151 milhões do Sistema S do Rio de Janeiro.
Além de Teixeira, estão entre os os alvos Frederick Wassef, ex-advogado da família Bolsonaro, e Cristiano Zanin, sócio de Teixeira. O advogado e ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) César Asfor Rocha, além de Eduardo Filipe Alves Martins, filho do atual presidente da Corte, Humberto Martins, também foram denunciados.
Segundo a denúncia, escritórios de advocacia teriam sido usados para gerenciar propinas.
De acordo com a PF, a finalidade é desarticular uma estrutura irregular de pagamento a escritórios de advocacia que atuavam em conluio com o ex-presidente da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) Orlando Santos Diniz.