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Sérgio Moro recusa mudar para 1ª classe em voo para os Estados Unidos

O juiz, que nesta semana deve responder se aceitará a denúncia contra Lula, viajava para participar de uma palestra na Filadélfia

atualizado

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Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
Juiz Sérgio Moro
1 de 1 Juiz Sérgio Moro - Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos julgamentos da Operação Lava Jato, ganhou status de celebridade nacional e internacional. O último episódio da fama ocorreu durante uma viagem aos Estados Unidos. O magistrado, que estava em um assento da classe econômica, foi convidado por um comissário de bordo para ir à 1ª classe, mas declinou a oferta.

Segundo as informações da revista Veja, Moro, que viajava para a Filadélfia para proferir uma palestra, foi assediado desde o momento em que chegou ao aeroporto de Guarulhos (SP) até a hora em que desceu do avião. Mesmo durante o voo, que ocorreu nessa terça-feira (13/9), enquanto lia um livro sobre a ex-ministra Marina Silva, ele teve que lidar com pessoas que queriam tirar fotos e conversar sobre a Lava Jato.

Outra situação curiosa ocorreu em Miami, onde o juiz fez uma conexão para Filadélfia. Um brasileiro avisou à segurança do aeroporto que uma “importante autoridade” estava na fila. Moro não gostou muito, mas o homem se justificou: “Eu disse que o senhor (referindo-se ao magistrado) é um herói brasileiro, talvez o maior depois de Ayrton Senna”.

Lula
A pergunta que Moro mais ouve é: “Quando Lula será preso?”. O juiz deve tomar uma decisão sobre a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-presidente ainda nesta semana.

Segundo o MPF, as investigações reúnem pelo menos 14 evidências de que Lula era o principal líder do esquema. O procurador da República Deltan Dallagnol falou em uma “propinocracia”, na qual as indicações para cargos públicos seriam pagas com dinheiro de propina.

A Operação Lava Jato denunciou formalmente nessa quarta-feira (14/9) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-primeira dama Marisa Letícia, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, o empresário Léo Pinheiro, da OAS, dois funcionários da empreiteira e outros dois investigados. Todos foram denunciados no caso Tríplex no Guarujá (SP).

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