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Sara Winter não vai a depoimento na PF e advogados conseguem adiamento

Segundo os representantes da ativista, o STF não liberou os autos do processo, como informado na segunda-feira por Alexandre de Moraes

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Sara winter no acampamento 300 do brasil depoimento pf
1 de 1 Sara winter no acampamento 300 do brasil depoimento pf - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Os advogados da militante bolsonarista Sara Winter, alvo do inquérito contra fake news que corre no Supremo Tribunal Federal (STF), protocolaram e conseguiram o adiamento do seu depoimento, marcado para esta terça-feira (02/06), alegando falta de acesso aos autos do processo. A nova data ainda não foi anunciada.

“Ainda não conseguimos obter a integralidade dos autos. Em razão disso a nossa ampla defesa e o contraditório estão sendo violados e a gente não tem como depor sem ter acesso aos documentos”, disse o advogado Bertoni Barbosa de Oliveira em frente à sede da Polícia Federal, em Brasília. Sara Winter não foi até o local.

De acordo com a advogada Renata Cristina, que também representa Sara, eles foram ao STF na segunda-feira (01/06) pedir acesso ao material, sem sucesso. Após audiência na sede da Polícia Federal para protocolar o pedido, os advogados informaram que retornarão à Corte para reforçar a demanda.

“Chegamos ir ao STF pedir a autorização do ministro que está com os autos e ele negou. Negou por telefone mesmo”, queixou-se em referência ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito.

Nessa segunda-feira, Moraes afirmou que todos os advogados de defesa já receberam a íntegra do processo. Porém, os juristas negam.

“O ministro Moraes soltou nota no Twitter dizendo que é fake news, que é falso que os advogados investigados da operação não estão tendo acesso à integralidade dos autos. Eu repito que não estamos tendo acesso”, rebateu Bertoni.

Sobre as falas de Sara, que chegou a dizer que iria fazer da vida do ministro um inferno, os advogados preferiram amenizar o tom. “Ela falou aquilo logo após a casa dela ser invadida. Ela estava sem roupa, com o filho de 4 anos dormindo. A primeira chegou com forma ofensiva e ela ficou assustada. Ela agiu mais na emoção do calor do momento”, disse.

Segundo a defesa, Sara não se nega a falar com a Polícia federal, mas não abre mão do direito de receber os documentos antes do depoimento.

Coronavírus

De acordo com Renata, o pedido ao acesso foi negado pelo Supremo por conta da pandemia do novo coronavírus, que fez a Corte funcionar remotamente.

“Fizemos por e-mail, telefone, todas as formas, e até agora não obtivemos nenhuma resposta. Quando vamos pessoalmente, eles falam que não podem atender por conta da Covid-19, que tem que marcar horário”, reclamou Renata.

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Apoiadora ferrenha do governo Bolsonaro, ela defende bandeiras como o armamentismo
A coordenadora do grupo é uma das investigadas no inquérito do STF sobre fake news
Sara Winter é o "nome de guerra" da extremista de direita. Ela se chama Sara Fernanda Giromini
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Extremista Sara Winter coordena o 300 do Brasil

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Apoiadora ferrenha do governo Bolsonaro, ela defende bandeiras como o armamentismo

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A coordenadora do grupo é uma das investigadas no inquérito do STF sobre fake news

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Sara Winter é o "nome de guerra" da extremista de direita. Ela se chama Sara Fernanda Giromini

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Ainda, Bertoni defendeu que o mesmo impeditivo de receber os documentos deveria ser usado contra os mandados de busca e apreensão.

“Engraçado que Covid-19 não foi suficiente para que buscas não fossem efetuadas, que revirassem todas as roupas. A Covid só vale para um lado, e não para nós da defesa. Precisa de um consenso”, criticou.

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