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Rosa Weber sai em defesa de Cármen Lúcia: “Agressão sórdida e vil”

Presidente do STF manifestou repúdio às agressões sofridas pela ministra após publicação de vídeo de Roberto Jefferson (PTB)

atualizado

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Ministra Rosa Weber
1 de 1 Ministra Rosa Weber - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), repudiou a agressão sofrida pela também ministra da corte Cármen Lúcia. Ela foi ofendida pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) após votar favorável ao direito de resposta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Jovem Pan, em julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A presidente do STF definiu os ataques como uma “agressão sórdida e vil, expressão da mais repulsiva misoginia”. Alexandre de Moraes, presidente do TSE, também se manifestou em defesa de Cármen Lúcia em nome da Justiça Eleitoral e destacou que “tomará todas as providencias institucionais necessárias para o combate a intolerância, a violência, o ódio, a discriminação e a misoginia”.

“Condutas covardes dessa natureza são inadmissíveis em uma democracia, que tem como um de seus pilares a independência da magistratura. Não há como compactuar com discurso de ódio, abjeto e impregnado de discriminação, a atingir todas as mulheres e ultrapassar os limites civilizatórios”, escreveu Rosa Weber.

Em prisão domiciliar, Jefferson usou as redes sociais da filha, a também ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), para publicar um vídeo em que xinga e ofende a honra de Cármen Lúcia. “Eu estou indignado. Não consigo. Fui rever o voto da Bruxa de Blair, da Carmem Lúcifer, na censura prévia à Jovem Pan, olhei de novo, não dá para acreditar”, disparou.

Leia a íntegra da nota publicada pelo STF:

O Supremo Tribunal Federal manifesta seu veemente repúdio à agressão sórdida e vil, expressão da mais repulsiva misoginia, de que foi vítima a Ministra Cármen Lúcia em função de sua atuação jurisdicional, no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral.

Condutas covardes dessa natureza são inadmissíveis em uma democracia, que tem como um de seus pilares a independência da magistratura. Não há como compactuar com discurso de ódio, abjeto e impregnado de discriminação, a atingir todas as mulheres e ultrapassar os limites civilizatórios.

A Ministra Cármen Lúcia, magistrada de notável saber jurídico e reputação ilibada, ilumina o Supremo Tribunal Federal com sua inteligência, talento, isenção e competência. Sem dúvida, continuará, independente e serena, na defesa intransigente da Constituição, sempre com o respaldo e admiração de seus pares e da comunidade jurídica.

O Supremo Tribunal Federal manifesta, ainda, a esperança de que os princípios que regem a Constituição Cidadã façam aflorar na sociedade brasileira o espírito democrático e a tolerância que o momento eleitoral exige.

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